Da construção aos retrocessos: uma análise da não linearidade das cotas de gênero na política brasileira

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Caroline Bianca Graeff
Marina dos Santos Landa

Resumo

As desigualdades de gênero estruturam a vida social contemporânea e não é diferente no contexto político partidário-eleitoral. Diversas são as barreiras enfrentadas pelas mulheres que procuram concorrer aos cargos públicos, desde falta de suporte às suas candidaturas, desigual aporte financeiro e falta de espaço midiático, até violência política de gênero retratada através de abusos morais e físicos. A luta por constituir regras eleitorais que contribuam para combater a desigualdade de gênero nos espaços de poder político é o norte que inspira a realização deste artigo. O trabalho objetiva analisar a construção normativa da política de cotas no Brasil até as discussões da Proposta de Emenda Constitucional (PEC) nº. 9/2023, recentemente aprovada no Congresso Nacional. Destaca-se a não-linearidade do processo, que envolve avanços e retrocessos ao longo do tempo, os quais permeiam as disputas políticas pelos espaços de poder. A metodologia compreende a revisão crítica da bibliografia, das normas e das decisões judiciais, incorporando, de forma subsidiária, os dados disponibilizados pela Justiça Eleitoral. Os achados evidenciam os constantes descumprimentos à legislação eleitoral e a instabilidade que permeia a temática frente à possibilidade reiterada de anistias aos seus descumprimentos.

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Como Citar
Graeff, C. B., & dos Santos Landa, M. (2024). Da construção aos retrocessos: uma análise da não linearidade das cotas de gênero na política brasileira. Revista Sul-Americana De Ciência Política, 10(1). https://doi.org/10.15210/rsulacp.v10i1.27478
Seção
Artigos
Biografia do Autor

Caroline Bianca Graeff, Universidade Federal de Pelotas

Doutoranda em Ciência Política na Universidade Federal de Pelotas, UFPEL, RS; mestre em Ciência Política pela mesma Instituição em 2015; especialista em Direito e Processo do Trabalho pela Faculdade Anhanguera Educacional de Pelotas, RS, em 2013, advogada (OAB 88876/RS). Atualmente trabalha em pesquisas que envolvam Instituições Políticas, principalmente a Justiça Eleitoral, o Conselho Nacional de Justiça, a judicialização da política e o ativismo judicial. Também possui experiência em pesquisas que abordem o neoconstitucionalismo e as implicações para a América Latina.

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