AS MÃES QUE ENRAÍZAM E O MUNDO QUE GIRA: criação e movimento no Vale do Jequitinhonha-MG
Resumo
O presente texto tem como objetivo analisar os processos de criação dos filhos entre os quilombolas de Pinheiro, Macuco, Gravatá e Mata Dois, comunidades quilombolas do município de Minas Novas, Vale do Jequititinhonha- MG. A etnografia que venho desenvolvendo na região aponta que as mães se empenham em criar pessoas que aprendem a ir para o mundo e voltar para casa, pois lidam continuamente com os movimentos do mundo e dos filhos. Dessa forma, elas transformam suas casas em casas raízes, que vão se enraizando ao longo do tempo, se tornando pontos de referência e pertencimento diante das idas e vindas que realizam para outras localidades, municípios e regiões do país. Além deste processo, essas mães desenvolvem habilidades de investigação da natureza de cada filho, tentando construir um modo familiar que possibilite que os filhos se reúnam em sua casa, sabendo viver e conviver com as diferenças existentes entre eles.Copyright (c) 2018 Tessituras: Revista de Antropologia e Arqueologia
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