EM CADA CASA, UMA CARTA: políticas públicas e modos de habitar no quilombo Família Magalhães (GO)
Resumo
Este artigo discute a incidência local de políticas públicas relativas a ou aplicadas sobre casas, bem como os efeitos de sua implementação, tendo em vista sentidos específicos que lhe são dados. A partir de três relatos de equivocações ocorridas entre agentes do governo, antropóloga e quilombolas de Família Magalhães (GO) é explicitado de que modo essas políticas estatais se articulam ou se afastam de um modo de ser em particular, chamado de ‘amigueiro’. São pensados os seus efeitos nas relações entre casas, na fixação de locais de moradia e modos de habitar e se territorializar, e como os Magalhães a elas reagem, valorizando certo choque de entendimentos. Nos casos analisados, as dinâmicas governamentais de construção de casas e a execução de políticas públicas sobre unidades domésticas implicam a realização de estratégias, rearranjos e adaptações, por parte de Família Magalhães, em especial das mães, para a manutenção de seu modo de ser.Copyright (c) 2018 Tessituras: Revista de Antropologia e Arqueologia
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