LABORO E PECUÁRIA CAPRINA NO SERTÃO DE PERNAMBUCO.

  • Ariane Vasques Zambrini Programa de Pós-Graduação em Antropologia Social Universidade Federal de São Carlos
Palavras-chave: Pecuária, Caprinos, Sertão de Pernambuco, Trabalho, Relação humano-animal.

Resumo

Considerando a relevância da caprinocultura no semiárido nordestino e os ainda poucos escritos sobre o assunto, o objetivo deste artigo é descrever etnograficamente um modo de criação de caprinos, chamado pelas pessoas que conheci em campo de criação na solta. Pretende-se demonstrar as peculiaridades desse modo de criação de cabras e bodes no sertão de Pernambuco e analisar, por meio de divergências e contrastes com um “modo de produção extensivo”, as relações que são tecidas entre humanos e animais naquele criatório. Dessa maneira, busca-se uma reflexão inicial a respeito da atividade pecuária, da criação na solta e do laboro em oposição a uma noção de trabalho.AbstractConsidering the relevance of goat breeding in the northeastern semi-arid region of  Brazil and the still few writings on the subject, the purpose of this article is to ethnographically describe a way of raising goats, called by the people I met in the field research of “criação na solta”. It is intended to demonstrate the peculiarities of this way of raising goats in the “sertão de Pernambuco” and to analyze, through divergences and contrasts with an “extensive mode of production”, the relationships that are woven between humans and animals in that breeding ground. In this way, it is sought to reflect on the cattle activity, the “criação na solta” and the “laboro” as opposed to a notion of work.

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Biografia do Autor

Ariane Vasques Zambrini, Programa de Pós-Graduação em Antropologia Social Universidade Federal de São Carlos
Bacharel em Ciências Sociais pela Universidade Federal de São Carlos. Mestre e doutoranda em Antropologia pelo Programa de Pós-Graduação em Antropologia Social da Universidade Federal de São Carlos (PPGAS/UFSCar). Pesquisadora do Laboratório de Etnologias Transespecíficas (LETS) e membro do Grupo de Estudos Humanimalia – Antropologia das Relações Humano-Animais.
Publicado
2019-06-28
Seção
Dossiê: Da criação ao abate. Etnografias dos caminhos da pecuária no Brasil