Um museu de imagens vivas: metáforas para uma etnografia poética e política

  • Carolina Machado dos Santos Universidade de Brasília
Palavras-chave: pedagogias descoloniais, teatro das oprimidas, praxis feminista, tradução de práticas, metodologia descolonial,

Resumo

No presente trabalho narro algumas práticas de meu grupo de Teatro das Oprimidas a partir de experimentações auto-etnográficas e reflexões sobre metodologias feministas descoloniais. Parto das seguintes perguntas: como estudar a prática de um grupo de Teatro das Oprimidas a partir do teatro mesmo? Como investigar, através da arte, uma “Estética das Oprimidas”? Como o Teatro das Oprimidas pode ser entendido como uma pedagogia feminista e descolonial? Apresento, desse modo, alguns apontamentos respeito à consonância entre nossa práxis feminista e a crítica às colonialidades do ser, do saber e do poder. A proposta metodológica deste trabalho parte de uma disposição em traduzir – uma tradução de práticas como nomeia Boaventura de Sousa Santos (2006) – por meio da qual busco expressar reflexões entre pedagogias descoloniais e as linguagens artísticas que utilizamos.

Biografia do Autor

Carolina Machado dos Santos, Universidade de Brasília
Doutoranda em Sociologia pela Universidade de Brasília. Mestre em Estudo das Mulheres e de Gênero pela Universidade de Granada (Espanha) e em Literatura Moderna e Pós-Colonial pela Universidade de Bolonha (Itália). Especialista em Epistemologias do Sul (CLACSO) e bacharel em Ciências Sociais pela Universidade Federal de Goiás. Atriz, diretora e multiplicadora atuante do Teatro das Oprimidas.
Publicado
2019-12-21
Seção
Antropoéticas: outras etnografias