Performances corpo-cristal: experiências em fluxo
Resumo
ResumoEm tempos de aceleração e multiplicidade de informações, cultivar espaços de silêncio e atenção é um desafio constante. A nossa provocação é romper com a pressa e os automatismos da vida cotidiana e adentrarmos um tempo-espaço mais dilatado, explorarmos um tempo lento, uma espécie de tempo onírico. Para essa experiência, elegemos um pequeno cristal de quartzo branco para levar em viagens por diferentes jardins, paisagens e atmosferas. O cristal esteve no Atacama, Chile, na região do Jalapão, Brasil, e em Tóquio, no Monte Fuji, em Kanazawa e Kyoto, no Japão, em ativação das dimensões sensíveis e simbólicas desses lugares. O cristal atua como mediador e impulsionador de ações e movimentos, um estímulo para estados de prontidão e escuta em interação com o ambiente e em conexão com o tempo, em uma busca de novos enquadramentos, com abertura ao instante e ao fluxo das coisas que nos circundam. Em um segundo momento, como experimento de troca com o outro, criou-se a exposição de vídeos das performances e arte computacional: Por sobre o tempo. Cristal corpo. Flutua. Com os atos poéticos suscitados pela experiência e transmutados em cena performativa trabalha-se no âmbito de uma micropolítica do cotidiano, com pequenos momentos de ruptura para quem vive, transita pelas cidades e entra no espaço expositivo de um museu.Copyright (c) 2019 Tessituras: Revista de Antropologia e Arqueologia
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