Arqueologia Histórica numa residência rural de Simões Filho, Bahia

Palavras-chave: Arqueologia Histórica, residência rural, caminho do gado, séculos XVII e XVIII, Simões Filho / Bahia

Resumo

Neste artigo, abordamos o sítio arqueológico Simões Filho 3, situado em cidade homônima, na Bahia. Identificado em decorrência do licenciamento ambiental da rodovia BA-093, entre os anos de 2013 e 2017, o espaço foi estudado pela perspectiva da Arqueologia Histórica. As escavações arqueológicas e o repertório artefatual analisados demonstram uma ocupação, ocorrida entre o final do século XVII e século XVIII, de uma unidade residencial/doméstica isolada na zona rural, associada a indivíduos com baixo poder aquisitivo e, provavelmente, com algum tipo de influência africana. A inserção dessa ocupação no território do Recôncavo Norte, relacionada aos dados históricos conhecidos sobre a região, permite interpretar esta residência como integrante dos caminhos de circulação e comércio de gado da propriedade do Capitão-Mór Cristóvão da Rocha Pita.

Biografia do Autor

Carlos Alberto Santos Costa, Universidade Federal do Recôncavo da Bahia
Bacharel em Museologia (UFBA); Mestre em Arqueologia (UFPE); Mestre e Doutor em Arqueologia (UC-PT); Pós-Doutorado em História da Arte (PPGCI/UEFS). Professor do Bacharelado em Museologia e do Programa de Pós-Graduação em Arqueologia e Patrimônio Cultural da UFRB. Professor dos Programas de Pós-Graduações em Museologia da UFBA e em Desenho, Cultura e Interatividade da UEFS. Pesquisador do CEAACP/UC-PT. Membro dos grupos de Pesquisa Bahia Arqueológica (UFBA), Recôncavo Arqueológico (UFRB) e Musealização da Arqueologia (USP). Publicou o livro “Arqueologia Urbana em Centros Históricos” (Faro: Universidade do Algarve, 2018, 340p.) em parceria com João Bernardes (UAL-PT), Carlos Etchevarne (UFBA) e Conceição Lopes (UC-PT), além de artigos em periódicos como Revista de Arqueologia (SAB), Revista de Arqueologia Pública (UNICAMP), Revista Habitus (PUC-GO) e Cadernos do Lepaarq (UFPEL). Atualmente organiza com Márcia Bezerra (UFPA) o dossiê “A profissionalização da arqueologia: perspectivas pós regulamentação”, com publicação na Revista Habitus (PUC-GO) prevista para o volume 18, nº 1 (2020).
Clarissa Wetzel de Oliveira, Universidade Lusófona de Humanidades e Tecnologias
Licenciada em História (UFRGS); Mestre em Museologia (USP); Doutoranda em Museologia (ULHT-PT). Tem experiência na área da História e Museologia, desenvolvendo trabalhos voltados para Memória, História, Patrimônio e Acervos. Integrante dos grupos de pesquisa Recôncavo Arqueológico (UFRB), História e Memória da Educação Brasileira (UNESC) e Laboratório de Pesquisas sobre Museus na América Latina (USP)
Jeanne Almeida Dias, Arqueólogos: Pesquisa e Consultoria Arqueológica
Licenciada em Ciências Sociais (UFBA); Bacharela em Antropologia (UFBA); Especialista em Gestão e Educação Ambiental, com concentração em Direito Ambiental (UNIBAHIA). Mestra em Arqueologia (UFS). Sócia Diretora da empresa Arqueólogos: Pesquisa e Consultoria Arqueológica.
Publicado
2020-12-31