Arqueologia nas fronteiras da Baixada Maranhense: as ocupações pré-históricas dos sítios Boca do Campo e Mearim 01 e possíveis relações com as estearias

  • Alexandre Guida Navarro Universidade Federal do Maranhão UFMA
  • André Heron Carvalho dos Reis Habilis Consultoria.
  • Wesley Charles de Oliveira Habilis Consultoria.
DOI: https://doi.org/10.15210/tes.v8i2.18659
Palavras-chave: Resgate arqueológico, Baixada Maranhense, estearias, fronteira cultural

Resumo

Este artigo resulta do trabalho de gestão arqueológica que culminou no resgate de dois sítios da Baixada Maranhense no curso da implantação do Projeto de Extensão da Estrada de Ferro Carajás, no Pará, até o porto de Itaqui, no Maranhão. O primeiro deles, o sítio Boca do Campo está situado em uma área alagável, sendo seu material arqueológico similar aos assentamentos de tipo estearias, caracterizadas pela construção de aldeias em cima de esteios, dentro dos lagos e rios da região. O outro sítio arqueológico é o Mearim 01, que está assentado em terra firme, cujo material arqueológico, mais antigo que o das estearias, assemelha-se mais ao dos grupos Tupis. A conclusão é que a sequência cronológica da área indica uma transição de ocupação do território de terra firme (sítio Mearim 01) para uma área alagada (sítio Boca do Campo). Parece que os povos que habitaram o sítio Boca do Campo copiaram as formas modeladas da cerâmica das estearias, evidenciando, deste modo, uma nítida fronteira cultural entre ambas as ocupações.

Biografia do Autor

Alexandre Guida Navarro, Universidade Federal do Maranhão UFMA
Professor Associado II do Departamento de História (DEHIS) e Programa de Pós-Graduação em História Social (PPGHIS) da Universidade Federal do Maranhão (UFMA) e coordenador do Laboratório de Arqueologia (LARQ). Bolsista de Produtividade em Pesquisa do CNPq.
André Heron Carvalho dos Reis, Habilis Consultoria.
Mestre em Geologia e Geoquímica pela UFPA.
Wesley Charles de Oliveira, Habilis Consultoria.
Mestre em Arqueologia pelo Museu de Arqueologia e Etnologia da USP. Doutorando em Arqueologia pela UFS.
Publicado
2020-12-31
Edição
v. 8 n. 2 (2020): Dossiê: "Antropologia Biológica"
Seção
Artigos

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