O vírus e os materiais: uma Arqueologia da pandemia

  • Lucas Antonio da Silva Pontifícia Universidade Católica do Rio Grande do Sul Museu Nacional - Universidade Federal do Rio de Janeiro.
  • Felipe Benites Tramasoli
Palavras-chave: Arqueologia, Coronavírus, Pandemia, Materiais

Resumo

As reflexões arqueológicas das últimas décadas tem substanciado uma maturação da disciplina. Fazer Arqueologia no final do primeiro quartel do século XXI é mais sobre problematizar as relações materiais entre humanos e não-humanos (em seus diferentes arranjos) do que construir narrativas sobre tempos que possam ser considerados “antigos” o suficiente. Diante disso e da atual Pandemia de COVID-19, resolvemos propor uma reflexão sobre como o conhecimento arqueológico pode se articular a um momento tão particular. Considerando a peculiaridade da materialidade quase inacessível de um vírus e a nossa sujeição a uma lógica global que se propõe a colocar a humanidade em um estado de torpor diante do mundo sensível, alertamos para o perigo de cedermos ao medo e à ignorância e começarmos a combatermos os corpos e não a doença. Assim, cabe à Arqueologia, no que diz respeito ao enfrentamento à doença, facilitar nossa reaproximação à vida sensível.

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Biografia do Autor

Lucas Antonio da Silva, Pontifícia Universidade Católica do Rio Grande do Sul Museu Nacional - Universidade Federal do Rio de Janeiro.
Professor Colaborador (PNPD-CAPES) no PPGH-PUCRSDoutor em Arqueologia pelo Museu Nacional da Universidade Federal do Rio de Janeiro.
Felipe Benites Tramasoli
Doutorando no PPGH-PUCRSMestre em Arqueologia, Museu Nacional-UFRJ
Publicado
2020-05-30
Seção
A arqueologia em tempos de pandemia: inquietações coletivas