Biopoder e racismo estrutural/institucional: Pensando a saúde brasileira antropologicamente em “tempos de Corona Vírus”
Resumo
Na Antropologia da Saúde brasileira, um sem-número de pesquisas denunciam, dentre outras questões, os processos de dominação histórica que se impõem sobre corpos de negros e negras. Neste artigo, objetiva-se contribuir para uma apreciação conceitual desta problemática, partindo de dois motes: a ideia de biopoder e o racismo estrutural/institucional. Para tanto, em uma aproximação teórica com o tema raça, e a partir de uma perspectiva histórico-crítica, analisar-se-á como a Antropologia da Saúde brasileira tem refletido sobre a questões raciais, oferecendo respostas às imposições do paradigma biomédico e indicando problematizações para refletirmos sobre o tema raça e a sua relação com o biopoder e o racismo histórico brasileiro. Busca-se, como resultado deste debate, contribuir para uma discussão que pode ser compreendida como urgente, dadas as suas possibilidades de questionamentos das situações vivenciadas em “tempos de Corona Vírus”. Circunstâncias nas quais ficam evidentes que o biopoder e a biopolítica, bem como o racismo brasileiro, podem ser considerados como pontos relevantes para refletir sobre as causas pelas quais o grande número de pessoas acometidas pela pandemia de Covid-19 ser de negros e negras.Copyright (c) 2021 Tessituras: Revista de Antropologia e Arqueologia
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