Antropoceno, Arqueologia e Memória Social: a pandemia de Covid-19 como um evento crítico

  • Luana Carla Martins Campos Akinruli Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG) e Instituto de Inovação Social e Diversidade Cultural (INSOD)
  • Samuel Ayobami Akinruli Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG) e Instituto de Inovação Social e Diversidade Cultural (INSOD)
Palavras-chave: Antropoceno, Eventos Críticos, Memória

Resumo

O artigo se propõe a refletir sobre a Arqueologia enquanto lócus de produção do conhecimento e de memórias sociais em um contexto complexo advindo da pandemia do Corona vírus – Covid-19 e que se insere em uma temporalidade associada ao Antropoceno e a outros eventos críticos dele decorrentes. Contudo, ao contrário do que as condições de isolamento social em um primeiro instante nos advertem, especialmente sobre as dificuldades enfrentadas sobre a práticas arqueológicas – em especial para o momento da pesquisa de campo –, o isolamento traz consigo também momentos ímpares de reflexão e, fundamentalmente, de extroversão arqueológica.

Biografia do Autor

Luana Carla Martins Campos Akinruli, Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG) e Instituto de Inovação Social e Diversidade Cultural (INSOD)
Vencedora do Grande Prêmio UFMG de Teses no grupo Grandes Áreas de Ciências Humanas, Ciências Sociais Aplicadas e Linguística, Letras e Artes (UFMG, 2019) e da Melhor Tese do Programa de Pós-Graduação em Antropologia (UFMG, 2019). Realiza residência pós-doutoral no Programa de Pós-Graduação em História (UFMG), onde leciona como professora colaboradora sendo vinculada ao Núcleo de História Oral (NHO) do Laboratório de História do Tempo Presente (LHTP). É cofundadora do Instituto de Inovação Social e Diversidade Cultural (INSOD) e coordenadora de projetos da mesma instituição. É doutora em Antropologia na Linha de Pesquisa Arqueologia do Mundo Moderno e Contemporâneo (UFMG), mestra em História pela Linha História Social da Cultura (UFMG) e licenciada em História (UFMG), com formação complementar em Antropologia e Arqueologia (UFMG). Possui experiência docente, em pesquisa e extensão com foco interdisciplinar, abordando temas como patrimônio cultural (material e imaterial), memória social, conflitos socioambientais, crítica pós-colonial, cartografias sociais e mineração. Atua em pesquisas versando sobre arqueologia histórica, antropologia e história social da cultura, baseando-se em investigações etnográficas e pesquisa de campo junto às comunidades. É educadora dedicada a ações em educação patrimonial, formação de professores e confecção de materiais didáticos, além de pesquisadora de temas relacionados à cultura africana e afro-brasileira, e trato com fontes iconográficas com destaque para a cultura visual e história da fotografia. Atua em registros audiovisuais (fotografia e vídeo) na Produtora Anil Imagens e possui experiência em consultorias e assessorias técnicas no âmbito da cultura. É sócia-efetiva da Associação Brasileira de Antropologia (ABA), da Sociedade de Arqueologia Brasileira (SAB) e da Associação Nacional de História (ANPUH). É associada da Associação Brasileira de Pesquisadores Negros (ABPN) e da Associação Nacional de Pesquisadores e Professores de História das Américas (ANPHLAC). Integra o Núcleo de História Oral (NHO/UFMG) do Laboratório de História do Tempo Presente (LHTP/UFMG) e o Laboratório de Arqueologia da Fafich/UFMG (http://dgp.cnpq.br/dgp/espelhogrupo/7686642250987835), ambos certificados pelo CNPq e sediados na Faculdade de Filosofia e Ciências Humanas (FAFICH/UFMG). Ainda, integra o GT SAB - Acervos Arqueológicos da Sociedade Brasileira de Arqueologia (SAB) e faz parte da atual gestão (2020-2021) da Sociedade Brasileira de Arqueologia (SAB) integrando a Comissão de Seleção.
Samuel Ayobami Akinruli, Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG) e Instituto de Inovação Social e Diversidade Cultural (INSOD)
É doutorando do Programa de Pós-Graduação em Ciência da Informação (UFMG/2018) pela linha de pesquisa Memória Social, Patrimônio e Produção do Conhecimento (PPGCI/UFMG). Possui mestrado em Inovação Tecnológica e Propriedade Intelectual pela Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG/2014); especialização em Análise e Modelagem de Sistemas Ambientais / Geoprocessamento (UFMG/2017); bacharelado em Ciências Econômicas pela Lagos State University (Nigéria/2006), diploma reconhecido/revalidado pela Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG/2015). É cofundador do Instituto de Inovação Social e Diversidade Cultural (INSOD) com sede em Belo Horizonte/MG/Brasil, instituição no qual é presidente e gestor de inovação. Desenvolve pesquisas relacionadas aos diagnósticos do patrimônio cultural por meio de curadorias, inventários, tombamentos, registros, planos e ações de salvaguarda, cartografia histórica e geoprocessamento. Desenvolve trabalhos e pesquisas relacionados a Museologia Social, Memória, Patrimônio Cultural, Acervos e Coleções, Meio Ambiente, Economia da Cultura, Economia do desenvolvimento, registros audiovisuais (fotografia e vídeo), especialmente por meio de ações baseadas na metodologia da etnografia. Outros trabalhos comerciais no campo da cultura visual podem ser vislumbrados com sua assinatura por meio da produtora Anil Imagens, na qual atua em registros audiovisuais (fotografia e vídeo) de eventos culturais como festivais, exposições, manifestações culturais, dentre outros. Desenvolve, ainda, investigações relacionadas à sua matriz étnica africana, a cultura Yorùbá, com diversas pesquisas de caráter sociohistórico e antropológico e ações relacionadas aos campos da cultura, linguística, música, teatro, artes e educação. É músico multi-instrumentista, além de atuar como arranjador e compositor. Tem experiência na área de Economia e gestão, com ênfase em propriedade intelectual, inovação tecnológica e social, processos de patentes, sustentabilidade e inovação, empreendedorismo e inclusão social. É filiado ao Conselho Regional de Economia (CORECON-MG) e International Council of Museums (ICOM); é associado da Associação Nacional de Pesquisa e Pós-Graduação em Ciência da Informação (ANCIB), da Sociedade de Arqueologia Brasileira (SAB), da Associação Brasileira de Pesquisadores Negros (ABPN) e da Associação Nacional de Pesquisadores e Professores de História das Américas (ANPHLAC). Integra a Laboratoire de Recherche en Sciences de L?information et de la Communication (GRIPIC) da Universidade Paris 4 - Paris-Sorbonne, e dois grupos de pesquisa certificados pelo CNPq e sediados na Escola de Ciência da Informação (ECI/UFMG), o NEMUSAD - Núcleo de Estudos das Mediações e Usos Sociais dos Saberes e Informações em Ambientes Digitais (http://dgp.cnpq.br/dgp/espelhogrupo/4081658749244754) e o NEPPAMCs - Núcleo de Estudos sobre Performance, Patrimônio e Mediações Culturais (http://dgp.cnpq.br/dgp/espelhogrupo/6110835540001839), além de integrar também o GT Acervos Arqueológicos da Sociedade Brasileira de Arqueologia (SAB).
Publicado
2020-05-30
Seção
A arqueologia em tempos de pandemia: inquietações coletivas