Morcegos, humanos e pandemias: perspectivas de longa duração para o entendimento das relações entre sociedades e ambientes

  • Caroline Borges Caroline Borges Universidade Federal Rural de Pernambuco, Departamento de História, Rua Dom Manuel de Medeiros, s/n, 52171-900 – Recife, PE, Brasil, caroline.borges@ufrpe.br
  • Gabriela Prestes Carneiro Universidade Federal do Oeste do Pará
Palavras-chave: pandemias, arqueologia, zooarqueologia, COVID-19

Resumo

Recentes associações entre a emergência da pandemia mundial por conta do novo coronavírus (2019-nCoV) e sua relação direta com o consumo de animais silvestres nos motivaram a escrita deste trabalho. Este ensaio busca trazer uma reflexão sobre a longa e intensa interação que humanos e outros animais mantêm e como essa proximidade trouxe mudanças bioevolutivas para ambos, sobretudo nos últimos 10 mil anos. Assim, procuramos discutir alguns exemplos da presença de morcegos e do consumo de animais silvestres em sítios arqueológicos, buscando explicitar como as relações entre sociedades, animais e ambientes mudaram ao longo do tempo e como o avanço acelerado da antropização dos ecossistemas têm provocado impactos, levando a desequilíbrios que facilitam a transmissão de patógenos entre diferentes espécies. Desejamos igualmente demonstrar a importante contribuição dos estudos zooarqueológicos aos debates atuais sobre alternativas de construção de relações sociedades-natureza.

Biografia do Autor

Caroline Borges, Caroline Borges Universidade Federal Rural de Pernambuco, Departamento de História, Rua Dom Manuel de Medeiros, s/n, 52171-900 – Recife, PE, Brasil, caroline.borges@ufrpe.br
Caroline Borges Dra. em zooarqueologia (MNHN, França) e Dra. em arqueologia (MAE-USP) Professora Adjunta (DE) do Departamento de História da Universidade Federal Rural de Pernambuco (UFRPE).Professora colaboradora do Programa de Pós-graduação em Antropologia (PPGAnt) da Universidade Federal de Pelotas (UFPEL). Pesquisadora associada ao Laboratório de Ensino e Pesquisa em Antropologia e Arqueologia (LEPAARQ).
Publicado
2020-05-30
Seção
A arqueologia em tempos de pandemia: inquietações coletivas