O DESEMPRETECIMENTO PODE SER UMA PRÁTICA DE OTIMIZAÇÃO ESTÉTICA?
Resumo
Analisam-se falas de usuárias de produtos clareadores e conteúdo de chamadas publicitárias para comercialização de produtos destinados a desempretecer a pele, e discursos de youtubers que fazem promoção com objetivo de convencer as pessoas a usar esses produtos, além de compreender o sentido que essas pessoas atribuem a essa prática. Objetiva-se também refletir sobre as diversas categorias utilizadas para nomeá-la. Após introduzir o tema, em primeiro ponto expõem-se as justificativas apresentadas por usuárias, comerciantes e fabricantes de produtos e, com base nessas justificativas, no segundo ponto, articulam-se raça e gênero, destacando como essa prática predominantemente feminina resulta de uma exigência estética pautada numa preferência por uma pele menos preta. No terceiro e último ponto, ao problematizar categorias como branqueamento, despigmentação voluntária usada para denominar essa prática, devido a seus limites, adota-se o desempretecimento para nomear essa prática.Copyright (c) 2021 Tessituras: Revista de Antropologia e Arqueologia
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