O DESEMPRETECIMENTO PODE SER UMA PRÁTICA DE OTIMIZAÇÃO ESTÉTICA?

  • Frantz Rousseau Déus Instituto de Filosofia e Ciências Sociais da Universidade Estadual de Campinas (PPGS-IFCH/UNICAMP, Campinas, SP, Brasil)
Palavras-chave: Desempretecimento, otimização estética, raça, gênero

Resumo

 Analisam-se falas de usuárias de produtos clareadores e conteúdo de chamadas publicitárias para comercialização de produtos destinados a desempretecer a pele, e discursos de youtubers que fazem promoção com objetivo de convencer as pessoas a usar esses produtos, além de compreender o sentido que essas pessoas atribuem a essa prática. Objetiva-se também refletir sobre as diversas categorias utilizadas para nomeá-la. Após introduzir o tema, em primeiro ponto expõem-se as justificativas apresentadas por usuárias, comerciantes e fabricantes de produtos e, com base nessas justificativas, no segundo ponto, articulam-se raça e gênero, destacando como essa prática predominantemente feminina resulta de uma exigência estética pautada numa preferência por uma pele menos preta. No terceiro e último ponto, ao problematizar categorias como branqueamento, despigmentação voluntária usada para denominar essa prática, devido a seus limites, adota-se o desempretecimento para nomear essa prática.

Biografia do Autor

Frantz Rousseau Déus, Instituto de Filosofia e Ciências Sociais da Universidade Estadual de Campinas (PPGS-IFCH/UNICAMP, Campinas, SP, Brasil)
Frantz Rousseau DEUS é Doutorando em Sociologia pelo Instituto de Filosofia e de Ciências Sociais- IFCH – Unicamp. É Mestre em Ciências Sociais pela Universidade Federal de São Paulo (Unifesp). Possui bacharelado em Sociologia, em Antropologia, em Ciência Política e Licenciatura em Ciências Sociais. Está realizando pesquisa na área sociologia da cultura e pensamento Social, mais especificamente pensamento de intelectuais afro-diaspóricos e africanos.
Publicado
2021-06-29