GÊNEROS PERDIDOS: POR UMA ARQUEOLOGIA TRANSFEMINISTA

Palavras-chave: Arqueologia, transfeminismo, colonialidade de Gênero

Resumo

Este artigo propõe reflexões críticas e teóricas sobre a práticas e discursos arqueológicos, antropológicos e de áreas afins, debatendo de acordo com uma série de bibliografias e teorias, como a ciência, baseada em uma “colonialidade” de gênero, “invisibilizou” as identidades de gênero não binárias e a variabilidade anatômica das genitálias humanas, criando uma falsa ideia de que a cis-generidade e a heterossexualidade são fenômenos humanos universais. Os impactos da legitimação de um sistema de sexo-gênero binário, levaram à América Latina à um verdadeiro “Aparthaid” de Gênero para as pessoas trans, e o discurso científico, quando fala sobre passados recuados, acaba reverberando consequências muitos severas no presente. O método aplicado neste artigo resulta da mescla entre revisão bibliográfica e auto-etnografia, permitindo apresentar diferentes estudos e pesquisas que recentemente tem criticado as bases “cisgêneras” da ciência enquanto um processo histórico, assim como, denunciar a hegemonia de um olhar cisheteronormativo e colonialista.

Biografia do Autor

Violet Baudelaire Anzini, Universidade Federal do Rio Grande - FURG
Arqueóloga e artista performaista. Atua realizando pesquias e obras de arte sobre transfeminismo, gênero e estudo das coisas do cotidiano contemporâneas.
Publicado
2021-06-29