Juventude Negra na pegada da transgressão como prática de liberdade: perspectivas e abordagens etnomusicológicas
Resumo
O artigo discute perspectivas, caminhos e percursos de uma pesquisa etnomusicológica desenvolvida por jovens negros/as sobre suas experiências estéticas – sonoras, imagéticas e corpóreas –, enquanto pesquisadores e praticantes a partir de uma das ações da plataforma BATEKOO – a festa. O texto discute a questão racial que persegue a juventude negra colocando-a em lugar de subalternidade e extermínio por meio da ação necropolítica. Destaca-se percursos de pesquisa etnomusicológica desses jovens como abordagens possíveis em dias de destruição. Defende as ações que essa plataforma desenvolve enquanto mediações das concepções do Movimento Negro. São apontadas possíveis maneiras de realização de um trabalho colaborativo, participativo, engajado e político, através de uma abordagem que realiza a etnografia das práticas musicais da/na festa por aqueles/as que não são mais objetos de pesquisa, e sim autores de seus próprios percursos. Este artigo é uma aposta e se utiliza de perspectivas étnico-raciais enquanto debate político-metodológico-epistemológico mediado por discussões e abordagens que transgridem o eixo acadêmico branco-hetero-patriarcal-burguês e libertadoras da condição racial por meio de estudos do campo da Etnomusicologia como mecanismo de ação contra o racismo, neofascismo e o neoliberalismo.Copyright (c) 2021 Tessituras: Revista de Antropologia e Arqueologia
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