Perspectivas e resistências afro-colombianas: neoliberalismo, multiculturalismo e conflito social armado
Resumo
Na criação do Estado social de direito surgido da constituição de 1991 o multiculturalismo constituiu-se em marco de compreensão e tratamento das relações do Estado com a sociedade colombiana e, assim, os setores sociais pensados como encarnando a diferença (indígenas, populações negras, Rom ou ciganos) passaram a ser pensados como grupos étnicos e tornaram-se sujeitos de direitos. Apesar de certa abertura democrática, a declaratória de estado laico e do reconhecimento da pluri-culturalidade da sociedade colombiana como bases do novo pacto social, a implementação da política neoliberal e a continuidade do conflito social armado apresentaram-se como principais obstáculos para sua realização, especialmente para as populações negras e indígenas. Pontualmente, interessa-me aqui analisar alguns efeitos derivados desse novo marco de relações para as populações negras no que tange às condições de vida, sua organização e interlocução com o Estado. Interessa-me também apontar as ambiguidades, contradições, efeitos inesperados e, especialmente, os desafios enfrentados, agencias e respostas criativas das resistências desses povos e sua tradução nas ciências sociais e, mais especificamente na antropologia colombiana. Ainda, destaco a construção de uma perspectiva negra/afro-colombiana a partir de vários espaços de atuação política e acadêmica.Copyright (c) 2021 Tessituras: Revista de Antropologia e Arqueologia
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