Antropologia Biológica e Paleoantropologia: exemplos da pesquisa brasileira

  • Danilo Vicensotto Bernardo Laboratório de Estudos em Antropologia Biológica, Bioarqueologia e Evolução Humana - LEAB Universidade Federal do Rio Grande - FURG danilobernardo@furg.br Docente Permanente do Programa de Pós-Graduação em Antropologia - PPGAnt Universidade Federal de Pelotas - UFPel
  • Walter Alves Neves Instituto de Estudos Avançados, Universidade de São Paulo
  • Tamires Carolina Campos Programa de Pós-Graduação em Antropologia - PPGAnt, Universidade Federal de Pelotas.
Palavras-chave: Evolução Humana, Australopithecus sediba, Gênero Homo

Resumo

A paleoantropologia é um campo que apresenta baixa difusão na ciência brasileira.  Esse fato pode ser explicado devido à complexidade e competitividade da área, além da dificuldade de acesso, caso o pesquisador não pertença a um grande centro de pesquisa. Pensando nisso, apresentamos dois caminhos viáveis para aqueles pesquisadores que se interessem em estudar Evolução Humana, mantendo-se vinculados as instituições brasileiras. O primeiro caminho apresentado, é a realização de sínteses teóricas críticas, aprofundando o conhecimento difundido pela disciplina. O segundo caminho apresentado, defende a produção de pesquisas competitivas, a partir do fundamento científico de falseabilidade e replicabilidade através da utilização de dados já publicados, objetivando colaborar com debates vigentes e possibilitar interpretações alternativas. Com o intuito de exemplificar esses caminhos, apresentamos uma síntese quanto as origens do gênero humano, e a primeira saída da África. Em seguida, realizamos uma análise com metodologia alternativa, baseada em dados presentes na literatura especializada, contribuindo para a discussão quanto a posição taxonômica do Australopithecus sediba. Por fim, demonstramos as possíveis contribuições que a Antropologia Biológica brasileira pode trazer para os estudos macroevolutivos humanos.
Publicado
2020-12-31
Seção
Dossiê Antropologia Biológica