“Pra defender meu território, viro Enxu”
Sobre a luta das mulheres em defesa do território tradicional de pesca de Enxu Queimado – RN
Resumo
Esse artigo é parte de minha pesquisa de dissertação de mestrado, na qual busquei refletir sobre o protagonismo de um grupo de mulheres, pescadoras artesanais, que se organizaram, inicialmente, para proporcionar formação profissional para que as mulheres da comunidade pudessem conquistar a autonomia financeira a partir da economia solidária e sustentável, mas que, diante de um conflito territorial, estiveram no fronte da batalha em defesa do território da sua comunidade tradicional de pesca, que foi ameaçada pela especulação imobiliária quando um italiano alegou ter comprado 184 mil hectares da comunidade. Utilizamos o método etnográfico de observação participante, com o qual busquei, na vida cotidiana e na luta política, compreender a identidade e o pertencimento da comunidade. Encontramos, através do resgate das memórias e da narrativa da origem do povoamento na década de 1920, quando uma enchente fez com que os moradores de Canto de Baixo se mudassem para a praia de Enxu Queimado, as mulheres já protagonizavam o cuidado e a sobrevivência da comunidade. Além disso, elas já reconhecidas como pescadoras e não meras ajudantes como era comum nesse período.Copyright (c) 2023 Tessituras: Revista de Antropologia e Arqueologia
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