Entre a BNCC, a sala de aula e a vida

Práticas de ensino e aprendizagem na escola diante da diversidade sexual e de gênero e dos conservadorismos

Resumo

Este artigo reflete sobre o processo de ensino-aprendizagem de temáticas envolvendo a diversidade sexual e de gênero em uma escola de nível secundário, diante do conservadorismo a nível nacional e a diferença no campo da sexualidade a nível local. É resultado da relação entre um período de estágio curricular obrigatório do curso de Licenciatura em História e uma pesquisa histórico-antropológica em arquivos mais ampla sobre a história da ideia de “mudança de sexo” à brasileira, utilizando como fontes jornais, diários, práticas clínico-cirúrgicas e biografias entre o Rio Grande do Norte e São Paulo no período de 1950 a 1980. Enquanto um diálogo interdisciplinar entre história e antropologia, estuda-se as dinâmicas de aprendizagem numa sala de aula, de forma que se considere tanto o emprego da fonte histórica como a análise social do contexto dos alunos. Através da oficina, os estudantes puderam questionar conceitos pré-estabelecidos e levantar questões como o uso do banheiro por pessoas trans e a possibilidade de mudança de gênero, ao mesmo tempo que puderam reconhecer a escola como um espaço de sociabilidade LGBTQIA+.

Biografia do Autor

Anselmo Santos Neto, Universidade Federal do Rio Grande do Norte

Licenciado em História (UFRN)

Francisco Cleiton Vieira, Universidade Federal do Rio Grande do Norte

Professor Adjunto de Antropologia Social da Universidade Federal do Rio Grande do Norte (UFRN), na Faculdade das Ciências da Saúde do Trairi (FACISA). Doutor e mestre em Antropologia Social (UFRN). Pós-doutorado em Antropologia Social (USP). Bacharel em Ciências Sociais (UERN).

Publicado
2025-12-30