ENCENAR OS SABERES ETNOGRÁFICOS: PERSPECTIVAS MUSEOLÓGICAS SOBRE MÍDIAS DIGITAIS E EXPOSIÇÃO
Resumo
As tecnologias digitais têm diversificado os lugares da museologia e renovado as práticas de instituições comprometidas na tarefa de mapear os conhecimentos. De fato, as imagens digitais se prestam a todos os usos: arquivadas, exibidas, editadas, elas podem servir a simular, explicar, demonstrar, ou favorecer ao público as possibilidades de exploração. Mas além dessas semelhanças funcionais com as técnicas museológicas, a predominância dos meios digitais pode suscitar preocupações acerca do risco de confusão ou de nivelamento das diferenças e das singularidades nas realidades apresentadas. A experiência concreta de montagem de uma exposição, a partir da etnografia da ocupação de cabanas abandonadas por migrantes sem abrigo, nos levou, o sociólogo Nasser Tafferant e eu, a considerar as limitações das produções digitais no âmbito da etnografia. A encenação das condições precárias de moradia desses migrantes convocava as dimensões sensíveis, físicas, corporais do trabalho etnográfico para torná-las perceptíveis num espaço concreto do percurso expositivo. Estamos apostando que uma forma original de conhecimento pode emergir dessa aproximação da pesquisa etnográfica através da mídia da exposição.A revista Tessituras não cobra nenhuma para a submissão e publicação dos textos.
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