“Prudentia non tamen est virtus quam auriga virtutum” O Tratado sobre a Prudência de Alberto Magno e seus desafios na era da globalização
Resumo
O projeto grandioso de expor e parafrasear todo o Corpus Aristotelicum a fim de “torná-lo inteligível aos latinos”, é indicador da originalidade e da importância de Alberto Magno, dominicano alemão do século XIII, conhecido também como Doctor universalis. Defendendo vigorosamente a ideia da autonomia da pesquisa filosófica em qualquer campo ela possa ser aplicada, foi o primeiro a utilizar amplamente Aristóteles, principalmente sua Ética. A finalidade deste artigo é delinear os traços principais da doutrina moral do bispo de Regensburg e apresentar uma análise do tratado De Prudentia (traduzido em português pelo autor do artigo), indicando inclusive alguns desafios que esta virtude lança na era da globalização.Referências
ALBERTUS MAGNUS. De bono. Tractatus quartus. De Prudentia. Coloniae: Monasterii Westfalorum in aedibus Aschendorff, 1951
____________________ Physica Libri 1-4. Monasteri Westfalorum: Aschendorff, 1987, edidit Paulus Hossfeld (Alberti Magni Opera Omnia). Tomus IV.
____________________ Super Ethica. Münster: Monasteri Westfalorum Aschendorff, 1968-1972, edidit Wilhelmus Kübel (Alberti Magni Opera Omnia).
____________________ De natura boni. Münster: ed. E. Filthaut (Alberti Magni Opera Omnia, Ed. Colon. XXV/1), 1974.
ALBERTO MAGNO. Il Bene. Introduzione, traduzione e note di Alessandra Tarabochia Canavero. Milano: Rusconi, 1987.
__________________ Tratado sobre a Prudência. Tradução de M. Raschietti. São Paulo: Paulus, 2017.
__________________ Zeittafel (Chronologie nach derzeitigem Forschungsstand). Disponível em: http://www.academia.edu/3490596/Albertus_Magnus_-_Chronologie_Leben_und_Werk_
ARISTÓTELES. Ética a Nicômaco. São Paulo : Martin Claret, 2001.
_____________ Ética a Nicômaco Livro VI. Tradução de Lucas Angioni. Disponível em: http://www.ufpel.edu.br/isp/ dissertatio/revistas/34/12.pdf.
SANCTI BERNARDI OPERA. Sermones - vol. II. Roma: ed. J. Leclercq et al., 1958.
SANCTI THOMAE DE AQUINO. Scriptum super Sententiis, lib. 2 d. 41 q. 1 a. 1 arg. 3. Disponível em: http://www.corpusthomisticum. org/snp2035.html.
CALLIGARIS, C. Hallo, Brasil! E outros ensaios. Psicanálise da estranha civilização brasileira. São Paulo: ed. Três Estrelas, 2017.
ECO, U.: "Internet? Ha dato diritto di parola agli imbecilli: prima parlavano solo al bar e subito venivano messi a tacere". Disponível em: https://www.huffingtonpost.it/2015/06/11/umberto-eco-internet-parola-agli-imbecilli_n_ 7559082.html. Acesso em: 09/05/2018. Tradução nossa.
ETHIER, A-M. Le double definition de l’âme humaine chez Saint Albert Le Grand. In : Études de Recherches par le Collège Dominicain d’Ottawa : I Philosophie, cahier,1936.
FAITANIN, P. A individuação da alma humana segundo Alberto Magno. In: Scripta, vol. 5, nº 1, 2012.
GILSON, E. A Filosofia na Idade Média. São Paulo: Martins Fontes, 2007, 2ª ed.
JARCZYK, G. e LABARRIÈRE, P-J. L’impronta del deserto – L’a-teismo místico di Meister Eckhart. Napoli: Guerini e Associati, 2000.
MARTINS, J. A. Sobre as origens do vocabulário político medieval. In: Trans/Form/Ação vol.34, no.3, Marília, 2011.
O. LOTTIN, Psycologie et morale aux XIIe et XIIIe siècles, tome III, II partie. Louvain: Abbaye du Mont Cèsar, 1942, p. 592. Citado em: SOUZA-LARA, D. A especificação dos actos humanos segundo são Tomás de Aquino. Roma: Ed. Università Santa Croce, 2008.
PANSARELLI, D. Para uma história da relação ética-política. In: Revista Múltiplas Leituras, v. 2, n. 2, jul. / dez. 2009.
PLATÃO. A República. Lisboa: Fundação Calouste Gulbenkian, 1972.
RENDICH, F. Dizionario etimologico comparato delle lingue classiche indoeuropee: Indoeuropeo - Sanscrito - Greco – Latino. Roma: Palombi Editori, 2010.
RODRIGUES, D. L. O conceito de memória na obra filosófica de Alberto Magno e seu significado para a educação. Tese de Doutorado: Universidade Estadual de Maringá, 2015, p. 45. Disponível em: http://www.ppe. uem.br/teses/2015%20-%20Divania.pdf, p. 40.
SOUZA-LARA, D. A especificação dos actos humanos segundo são Tomás de Aquino. Roma: Ed. Università Santa Croce, 2008.
(1) Autores mantém os direitos autorais e concedem à revista o direito de primeira publicação, com o trabalho simultaneamente licenciado sob a Licença Creative Commons Attribution que permite o compartilhamento do trabalho com reconhecimento da autoria e publicação inicial nesta revista.
(2) Autores têm autorização para assumir contratos adicionais separadamente, para distribuição não-exclusiva da versão do trabalho publicada nesta revista (ex.: publicar em repositório institucional ou como capítulo de livro), com reconhecimento de autoria e publicação inicial nesta revista.
(3) Autores têm permissão e são estimulados a publicar e distribuir seu trabalho online (ex.: em repositórios institucionais ou na sua página pessoal) a qualquer ponto antes ou durante o processo editorial, já que isso pode gerar alterações produtivas, bem como aumentar o impacto e a citação do trabalho publicado (Veja O Efeito do Acesso Livre)