Para além de ‘afirmação’ vs. ‘negação’: a transfiguração da existência no jovem Nietzsche

  • Wander Andrade de Paula Universidade federal do Espírito Santo (UFES)
Palavras-chave: Nietzsche, transfiguração, sentido da vida, pessimismo filosófico, tragédia grega.

Resumo

O presente artigo tem por objetivo discutir o conceito de transfiguração (Transfiguration / Verklärung) nas primeiras formulações nietzscheanas do estatuto da filosofia, sobretudo em sua função de crítica ao pessimismo de Arthur Schopenhauer. Para tanto, analisa duas obras de seu período de juventude, O nascimento da tragédia e Schopenhauer como educador, enfatizando especialmente os capítulos 3 e 4 da primeira e as seções 3, 4 e 5 da segunda. Espera-se demonstrar que, para além de sua importância na crítica ao pessimismo, a transfiguração desempenha um papel central na tentativa de resposta ao problema do “sentido da vida” e, por isso, delimita o escopo do uso nietzscheano da metafísica.

Biografia do Autor

Wander Andrade de Paula, Universidade federal do Espírito Santo (UFES)
Professor Adjunto do Departamento de Filosofia e do Programa de Pós-Graduação em Filosofia da Universidade Federal do Espírito Santo (UFES). Possui Doutorado, Mestrado e Graduação (Bacharelado e Licenciatura) em Filosofia pela Universidade Estadual de Campinas (UNICAMP). Fez estágio de pesquisa, no Doutorado, na Ernst-Moritz-Arndt-Universität Greifswald (Alemanha). Desenvolveu projeto de Pós-Doutorado em Filosofia na Universidade Estadual de Campinas (UNICAMP), com estágio na Radboud Universiteit Nijmegen (Holanda). É membro do GT Genealogia e Crítica, da ANPOF, do Grupo Crítica e Modernidade (CriM), da UNICAMP, e do Grupo Crítica e Subjetividade, da UFES. Tem experiência na área de Filosofia, com ênfase em História da Filosofia e Filosofia Alemã do séc. XIX, especialmente Arthur Schopenhauer e Friedrich Nietzsche, em seus desdobramentos no pensamento contemporâneo, sobretudo na psicanálise
Publicado
2022-06-10
Seção
Artigos