CINQUENTA TONS DE CINZA: UMA PEDAGOGIA PATRIARCAL

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Ana Gabriela da Silva Vieira
https://orcid.org/0000-0002-8962-5108
Rosiane Orende da Silva
https://orcid.org/0000-0002-8009-7732
Marcio Caetano
https://orcid.org/0000-0002-4128-8229

Resumo

A obra literária de autoria de L. J. James, cujo título é “Cinquenta Tons de Cinza”, fez enorme sucesso no mercado literário mundial, sendo traduzida para diversas línguas, além de ser adaptada para o cinema e alcançar grande bilheteria. O livro em questão conta a história de amor entre Anastasia e Christian, cujo relacionamento, desde o início, obedece a uma dinâmica de dominação/submissão, na qual o homem é o sujeito-dominador e a mulher é o sujeito-submisso. Neste sentido, compreendemos que a obra faz veicular discursos que a subjetivam mulheres a determinada condutas que atendem a um modelo de relacionamento afetivo-sexual no qual elas estão em posição subordinada. Essa forma de se relacionar afetivamente e sexualmente está baseada em relações de gênero nas quais é o homem quem têm o privilégio na disparidade de forças entre os sujeitos envolvidos. Por causa disso, é possível entender “Cinquenta Tons de Cinza” não apenas enquanto uma pedagogia cultural, na medida em que é um artefato cultural que veicula discursos, ensina comportamentos e subjetiva sujeitos, mas também enquanto uma pedagogia patriarcal. Trata-se de uma pedagogia patriarcal pelas formas como subjetiva as mulheres a um lugar de não independência em relação ao homem e de submissão a esse outro ser tido como mais viril, forte e poderoso do que ela própria. Esses discursos – pedagógicos e patriarcais – aparecem recorrentemente, em vários dos excertos da obra “Cinquenta Tons de Cinza”, que nós analisamos neste artigo.

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Como Citar
da Silva Vieira, A. G., Orende da Silva, R., & Caetano, M. (2024). CINQUENTA TONS DE CINZA: UMA PEDAGOGIA PATRIARCAL. D’GENERUS: Revista De Estudos Feministas E De Gênero, 1(1), 463-480. Recuperado de https://periodicos.ufpel.edu.br/index.php/dgenerus/article/view/23093
Seção
Artigos
Biografia do Autor

Ana Gabriela da Silva Vieira, Universidade Federal de Pelotas

Doutoranda em Educação na Universidade Federal de Pelotas. Mestre em Educação e Licenciada em História pela mesma instituição.

Rosiane Orende da Silva, Instituto Federal Sul-Rio-Grandense

Mestranda em Educação pelo Mestrado Profissional em Educação e Tecnologia do Instituto Federal Sul-rio-grandense, Campus Pelotas. Licenciada em História pela Universidade Federal de Pelotas.

Marcio Caetano, Universidade Federal de Pelotas

 Professor Associado da Universidade Federal de Pelotas (UFPel), pós-doutor, com apoio do PNPD-CAPES, pelo Programa de Pós-Graduação em Educação da Universidade do Estado do Rio de Janeiro (UERJ), graduado em História pela mesma Instituição, com mestrado e doutorado em educação pela Universidade Federal Fluminense (UFF). 

Referências

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