CONVERSAÇÕES ATREVIVIDAS POR MULHERES PRETAS: PISTAS PARA UMA CLÍNICA POLÍTICA FEMINISTA ANTIRRACISTA

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Míriam Cristiane Alves
https://orcid.org/0000-0002-4318-1927
Ademiel de Sant’Anna Junior
https://orcid.org/0000-0002-6486-9798
Cecília Maria Izidoro Pinto
https://orcid.org/0000-0003-2433-2811

Resumo

O presente ensaio tem como objetivo problematizar a construção de uma Clínica Política Feminista Antirracista a partir da enunciação de conversações escrevividas e atrevividas em oralitura por mulheres pretas amefricanas, docentes universitárias, na cena da COVID-19.  Apostamos na trama, na trança, no entrelaçamento de conceitos como conversação, escrevivência, atrevivência e oralitura enquanto gestos-conceitos-metodológicos tanto para a construção teórica do ensaio, quanto para inscrever pistas de uma Clínica Política Feminista Antirracista. As conversações escrevividas e atrevividas em oralitura partem de narrativas de duas mulheres pretas que responderam ao questionário on-line de uma pesquisa maior. Tais narrativas foram ficcionadas, friccionadas e performadas em cenas que operam na tensão entre imaginários racistas e sexistas universalizantes e na criação de novos imaginários sobre a existencialidade de mulheres pretas amefricanas, docentes universitárias. Um futuro indizível está à frente de cada mulher, no entanto, sabem que não estão sozinhas. O que é produzido no coletivo - no quilombo virtual -, reverbera na casa, no trabalho e as pessoas vão reagindo às emergências. Nas experiências da vida cotidiana, com todas as suas dúvidas, preocupações, medos, histórias, amores e afetos, mulheres pretas amefricanas transitam e em conversação transformam em palavras, em poesia, em linguagem, em ideias, em revolução seus devires. Seria esta uma pista para uma Clínica Política Feminista Antirracista?

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Como Citar
Alves, M. C., Sant’Anna Junior, A. de, & Izidoro Pinto, C. M. (2024). CONVERSAÇÕES ATREVIVIDAS POR MULHERES PRETAS: PISTAS PARA UMA CLÍNICA POLÍTICA FEMINISTA ANTIRRACISTA. D’GENERUS: Revista De Estudos Feministas E De Gênero, 1(1), 145-164. Recuperado de https://periodicos.ufpel.edu.br/index.php/dgenerus/article/view/23118
Seção
Artigos
Biografia do Autor

Míriam Cristiane Alves, Universidade Federal de Pelotas

Psicóloga. Doutora em Psicologia pela PUCRS. Professora Adjunta do curso de Psicologia da UFPel. Professora Colaboradora do Programa de Pós-Graduação em Psicologia Social e Institucional da UFRGS. Coordenadora do Núcleo de Estudos e Pesquisas E’léékò: agenciamentos epistêmicos, descoloniais e antirracistas UFPel / UFRGS.

Ademiel de Sant’Anna Junior, Universidade Federal do Rio Grande do Sul

Músico, Poeta e Psicólogo. Integrante do Coletivo Adinkra de Saúde mental e relações raciais em Porto Alegre. Doutorando em Psicologia Social Institucional pela UFRGS, na linha de pesquisa: Clínica, Subjetividade e Política. Pesquisador participante do Núcleo de Estudos e Pesquisas E’léékò: Agenciamentos epistêmicos, descoloniais e antirracistas UFPel / UFRGS.

Cecília Maria Izidoro Pinto, Universidade Federal do Rio de Janeiro

Doutora em Enfermagem pelo Programa de Pós Graduação da Escola de Enfermagem Anna Néry - UFRJ. Professora Associada do Departamento de Enfermagem Médico-Cirúrgica. Coordenadora da Liga Acadêmica de Enfermagem em Saúde da População Negra. Membro da Câmara de Políticas Raciais da Comissão de Heteroidentificação da UFRJ. Membro do Núcleo de Estudos e Pesquisas E’léékò: agenciamentos epistêmicos, descoloniais e antirracistas UFPel / UFRGS.

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