MULHERES NEGRAS DORORIDADE, INTERSECCIONALIDADE E VIVÊNCIAS COTIDIANAS

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Janaize Batalha Neves
Adriana de Souza Gomes
Márcio Rodrigo Vale Caetano

Resumo




O presente trabalho, tem como objetivo fazer uma reflexão acerca das dores que trazem as mulheres negras, dores estas sentidas por parte de nós, que somos atravessadas pelo racismo e pelo sexismo, pelas tentativas de silenciamento, pela solidão que acomete a mulher negra, a luta que é sobreviver em uma sociedade hegemônica. Iremos refletir sobre o atual conceito que, a intelectual, antirracista e feminista Vilma Piedade nos apresenta: a Dororidade. Conceito este, que carrega toda a força e todas as dores que vivenciamos em nossas trajetórias individuais de mulheres negras. “Sororidade, etimologicamente falando, vem de sóror-irmãs. Dororidade, vem de dor, palavra- sofrimento. Seja físico. Moral. Emocional. Mas qual o significado da dor? Aqui tá no conceito”, contextualiza Vilma Piedade, abordagem de um tema urgente e um conceito necessário. Usando o movimento de pensar a investigação, atuando como um agente transformador, este artigo traz um debate nos eixos raça e gênero, com uma discussão crítica o artigo abordará intersecções que permitirá uma compreensão nas relações de sexismo e racismo. Evidenciando como metodologia a Escrevivência de Conceição Evaristo5, trazendo diálogos e questionamentos, reverberando assim a importância de reconhecer as especificidades das mulheres negras enquanto sujeitos pertencentes a esta sociedade racista e sexista. As Escrevivências são narrativas construídas através do lugar de fala e a escrita propriamente dita na primeira pessoa, uma metodologia que utiliza da experiência da autora para narrar as experiências de outras tantas mulheres. Numa perspectiva mais ampla, espera-se que o resultado deste artigo possa subsidiar outros estudos, corroborar na construção do pensamento decolonial. O artigo discute as opressões enfrentadas por nós mulheres negras. Analisando as diversas violências vivenciadas e trazendo o feminismo negro aliado com o conceito de dororidade, resultando numa compreensão e fortalecimento das lutas, combatendo as opressões e dores que algumas mulheres negras trazem consigo.


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Como Citar
Batalha Neves, J., de Souza Gomes, A., & Vale Caetano, M. R. (2023). MULHERES NEGRAS: DORORIDADE, INTERSECCIONALIDADE E VIVÊNCIAS COTIDIANAS. D’GENERUS: Revista De Estudos Feministas E De Gênero, 1(1), 11-24. Recuperado de https://periodicos.ufpel.edu.br/index.php/dgenerus/article/view/25399
Seção
Artigos