DO ALTER EGO À INTERSUBJETIVIDADE TRANSCENDENTAL: CONSIDERAÇÕES SOBRE AS MEDITAÇÕES CARTESIANAS DE HUSSERL
Resumo
Este artigo pretende investigar a maneira pela qual o filósofo alemão Edmund Husserl, em Meditações Cartesianas (1929), modaliza e pretende solucionar o problema do solipsismo a partir dos expedientes de sua fenomenologia transcendental. Neste registro, a “tensão” a ser efetivamente superada está na passagem do ego transcendental ao alter ego: de que maneira poder-se-ia escapar ao solipsismo se, em regime de redução fenomenológica transcendental, descubro-me como ego transcendental e, portanto, como o fiador último da experiência? Tendo em vista essas considerações, o interesse do presente artigo será o de, partindo da descrição do ego cogito husserliano por meio do método da redução fenomenológica transcendental, descobrir como, refutando a objeção de solipsismo, Husserl teria chego à descoberta do alter ego e em seguida teria mapeado a possibilidade da intersubjetividade transcendental e, consequentemente, do mundo objetivo.Referências
BARBARAS, R. Introduction à la philosophie de Husserl. Chatou: Les Éditions de La Transparence, 2008.
HUSSERL, E. Méditations Cartesiennes et les conférences de Paris. Tradução de Marc de Launay. Paris: PUF, 2007.
KASSIS, R. De la phénoménologie à la métaphysique. Paris: Jérôme Millon, 2001.
THIERRY, Y. Conscience et humanité selon Husserl. Paris: PUF, 1995.
TOULEMONT, R. L’essence de la societé selon Husserl. Paris: PUF, 1962
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