DO ALTER EGO À INTERSUBJETIVIDADE TRANSCENDENTAL: CONSIDERAÇÕES SOBRE AS MEDITAÇÕES CARTESIANAS DE HUSSERL

Palavras-chave: Fenomenologia transcendental, Ego transcendental, Alter Ego, Solipsismo

Resumo

Este artigo pretende investigar a maneira pela qual o filósofo alemão Edmund Husserl, em Meditações Cartesianas (1929), modaliza e pretende solucionar o problema do solipsismo a partir dos expedientes de sua fenomenologia transcendental. Neste registro, a “tensão” a ser efetivamente superada está na passagem do ego transcendental ao alter ego: de que maneira poder-se-ia escapar ao solipsismo se, em regime de redução fenomenológica transcendental, descubro-me como ego transcendental e, portanto, como o fiador último da experiência? Tendo em vista essas considerações, o interesse do presente artigo será o de, partindo da descrição do ego cogito husserliano por meio do método da redução fenomenológica transcendental, descobrir como, refutando a objeção de solipsismo, Husserl teria chego à descoberta do alter ego e em seguida teria mapeado a possibilidade da intersubjetividade transcendental e, consequentemente, do mundo objetivo.

Biografia do Autor

Beatriz Viana de Araujo Zanfra, Universidade Federal de São Paulo
Doutoranda em Filosofia pela Universidade Federal de São Paulo. Bolsista CAPES.
Gustavo Fujiwara, Universidade Federal de São Paulo
Doutorando em Filosofia pela Universidade Federal de São Paulo. Bolsista Fapesp processo número: 2014/09973-4

Referências

BARBARAS, R. Introduction à la philosophie de Husserl. Chatou: Les Éditions de La Transparence, 2008.

HUSSERL, E. Méditations Cartesiennes et les conférences de Paris. Tradução de Marc de Launay. Paris: PUF, 2007.

KASSIS, R. De la phénoménologie à la métaphysique. Paris: Jérôme Millon, 2001.

THIERRY, Y. Conscience et humanité selon Husserl. Paris: PUF, 1995.

TOULEMONT, R. L’essence de la societé selon Husserl. Paris: PUF, 1962

Publicado
2019-10-07
Seção
Artigos