ASCETISMO, ARTE E FORMA DE VIDA NO PENSAMENTO DO NIETZSCHE TARDIO

Palavras-chave: Ascetismo, arte, forma de vida, transvaloração, valores.

Resumo

Pretendemos mostrar neste artigo que Nietzsche também compreende de modos positivos o ascetismo em sua filosofia tardia. A partir da reconstrução dos sentidos do ascetismo na filosofia do espírito livre e na obra Assim falou Zaratustra, defendemos que Nietzsche estimasempre mais o ascetismo dos filósofos em suas obras Além do bem e do mal e na Genealogia da moral. Entretanto, é em 1888, que ele aprofunda a concepção de arte como forma de vida, estreitamente ligada a formas de ascetismo filosófico. Nesse último ano de produção filosófica são desenvolvidos os projetos da fisiologia da arte e da construção de valores estéticos.Assim, o ascetismo, enquanto “dureza do artista”, é condição para a tarefa da transvaloração dos valores, que Nietzsche pretende efetivar em si mesmo. 

Biografia do Autor

Clademir Luís Araldi, UFPel
Possui graduação em Filosofia pela Faculdade de Filosofia Nossa Senhora de Imaculada Conceição (1991), mestrado em Filosofia pela Universidade Federal do Rio Grande do Sul (1995) e doutorado em Filosofia pela Universidade de São Paulo (2002). Atualmente é professor Titular da Universidade Federal de Pelotas. Tem experiência na área de Filosofia, com ênfase em Ética, História da Filosofia Moderna e Contemporânea e na Filosofia de Nietzsche, atuando principalmente nos seguintes temas: ética, crítica da moral, genealogia e naturalismo. Realizou estágios de pesquisa na Universidade Técnica de Belim - Alemanha, em 2001-02, em 2007-08 e em 2014. É bolsista de Produtividade em Pesquisa do CNPq.
Publicado
2022-08-01
Seção
Artigos