NEM ESTÉTICA NEM INESTÉTICA, A ESCUTA PSICANALÍTICA ÀS VOZES DA ARTE
Resumo
Neste artigo, proponho uma discussão sobre o modo como, uma contra a outra, a psicanálise, a estética e a inestética interpelam e escutam a arte. A partir da analogia com as duas últimas, meu objetivo é delimitar que tipo de interlocução com a arte haveria de justificar a psicanálise como uma empresa crítica e, especialmente, qual o protagonismo que este discurso reservaria para a arte. Minha hipótese é que a psicanálise, ao ocupar-se das vozes da arte, reconhecendo para esta o primado na articulação de uma verdade que se diz antes como enunciação do que como enunciado, amplia nossa forma de compreender a verdade, admitindo para ela diferentes registros, os quais, a sua vez, nunca se encerram numa só unidade. Tal como o demonstra a arte, a verdade é não-toda.(1) Autores mantém os direitos autorais e concedem à revista o direito de primeira publicação, com o trabalho simultaneamente licenciado sob a Licença Creative Commons Attribution que permite o compartilhamento do trabalho com reconhecimento da autoria e publicação inicial nesta revista.
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