“Se uma pessoa escuta vozes não é um defeito”: experiência de adolescentes que ouvem vozes

Resumo

Objetivo: Compreender a experiência de ouvir vozes de adolescentes inseridos em um Centro de Atenção Psicossocial infanto juvenil. Método: pesquisa qualitativa, descritiva e exploratória realizada por meio de uma entrevista discursiva, com análise temática baseada em Minayo. Resultados: Praticamente em todas as narrativas os conteúdos expostos são negativos e de comando. A forma como as vozes influenciam as/os adolescentes parece ter relação com o sentido que eles/as fornecem a essa experiência. Algumas estratégias de lida e enfrentamento utilizadas pelos/as adolescentes estão interligadas com suas crenças religiosas e de atividades que lhes dão prazer. Conclusões: foi possível compreender as percepções, a influência, o conteúdo e estratégias utilizadas para enfrentamento e convivência. Entende-se a necessidade da compreensão da experiência de ouvir as vozes a partir de abordagens que autoriza o diálogo e a escuta da experiência livre de preconceitos direcionado a condutas terapêuticas que evitem a patologização e a medicalização da vida.

Biografia do Autor

Jéssica Steuer Menna, Prefeitura Municipal de Pelotas/RS.
Enfermeira pela Universidade Federal de Pelotas (UFPEL). Servidora Pública na Prefeitura Municipal de Pelotas/RS.
Ariane da Cruz Guedes, Universidade Federal de Pelotas (UFPEL).
Enfermeira pela Universidade Federal de Pelotas (UFPEL). Doutora em Enfermagem pelo Programa de Pós-Graduação em Enfermagem da Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS). Professora Adjunta no Departamento de Enfermagem em Saúde Coletiva e no Programa de Pós-Graduação em Enfermagem da Universidade Federal de Pelotas (UFPEL).
Roberta Antunes Machado, Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia do Rio Grande do Sul (IFRS).
Enfermeira, Doutora em Ciências pelo Programa de Pós-Graduação em Enfermagem da Universidade Federal de Pelotas (UFPEL), Docente no Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia do Rio Grande do Sul (IFRS).
Luciane Prado Kantorski, Universidade Federal de Pelotas (UFPEL).
Enfermeira, Doutora em Enfermagem pela Universidade de São Paulo -EERP-Ribeirão Preto, Professora Titular da Faculdade de Enfermagem da Universidade Federal de Pelotas (UFPEL). 
Liamara Denise Ubessi, Universidade Federal do Pampa (UNIPAMPA).
Ouvidora de Vozes, Graduada em Psicologia e Enfermagem, Sanitarista, Doutora pelo Programa de Pós-Graduação em Enfermagem da UFPEL. Professora na Universidade Federal do Pampa - UNIPAMPA/Campus Uruguaiana, Integrante da Coletiva de Mulheres que Ouvem Vozes - CMOV, Fórum Gaúcho de Saúde Mental - FGSM, Movimento da Luta Antimanicomial e de Defesa do SUS.
Thylia Teixeira Souza, Prefeitura Municipal de Viamão/RS.
Enfermeira e Mestra em Ciências pela Universidade Federal de Pelotas (UFPEL), Especialista em Saúde Mental pela Universidade do Vale do Rio dos Sinos (UNISINOS). Enfermeira em Saúde Mental na Prefeitura Municipal de Viamão/RS.
Publicado
2023-07-20
Como Citar
1.
Menna JS, Guedes A da C, Machado RA, Kantorski LP, Ubessi LD, Souza TT. “Se uma pessoa escuta vozes não é um defeito”: experiência de adolescentes que ouvem vozes. J. nurs. health. [Internet]. 20º de julho de 2023 [citado 3º de julho de 2024];13(2):e13221684. Disponível em: https://periodicos.ufpel.edu.br/index.php/enfermagem/article/view/21684
Seção
Artigos Originais/ Original Articles