O papel do tutor virtual: o desenho dos espaços de aprendizagem e a capacidade de moderação como funções centrais para mover a motivação dos alunos

Resumo

Este artigo aborda o papel do tutor virtual em ambientes virtuais, enfatizando duas funções: a concepção de espaços de aprendizagem e a mediação na comunicação. São identificados aspectos centrais de ambas as funções e seu impacto na motivação dos alunos, a partir da percepção destes. A pesquisa, realizada no Instituto Normal de Enseñanza Técnica (INET) do Uruguai, propõe uma abordagem mista, realizando uma análise com base nas informações obtidas em diversas entrevistas e uma pesquisa. No que diz respeito à concepção dos conteúdos e dos espaços de aprendizagem, os alunos valorizam a organização estruturada dos cursos, a inclusão de guias de ensino claros e a diversidade de recursos. Esses elementos facilitam a compreensão, promovem autonomia e aprendizagem ativa. A seleção criteriosa dos materiais, baseada na experiência do tutor, é percebida como essencial para manter a motivação nos cursos. No que diz respeito à mediação, os alunos destacam a importância da comunicação fluida, das respostas oportunas e do feedback constante. A interação genuína promove um sentimento de acompanhamento e pertencimento, proporcionando apoio aos alunos. Destaca-se a necessidade de utilizar múltiplos canais de comunicação, como fóruns, mensagens e videoconferências, para atender diversas necessidades. Conclui-se que um tutor virtual não deve apenas estar atento à forma como desenha e organiza seus cursos, mas também deve promover a geração de vínculos significativos, incentivando a colaboração e adequando as propostas pedagógicas aos interesses e características dos alunos, contribuindo assim para o desenvolvimento de comunidades de aprendizagem enriquecedoras.