Resumo
Resumo: Trata-se de um estudo epidemiológico transversal de prevalência que analisou dados sobre acidentes ofídicos ocorridos entre janeiro de 2018 e dezembro de 2022, incluindo crianças de 1 a 9 anos com casos notificados, excluindo-se registros com dados incompletos e acidentes causados por outros animais peçonhentos. A coleta e organização dos dados foram realizadas por meio de um instrumento desenvolvido para este estudo, com as informações organizadas em planilhas do Excel (Microsoft Office), e a análise estatística foi realizada utilizando o software SPSS versão 2.0, com os resultados apresentados em tabelas, gráficos e medidas descritivas (médias e medianas). O perfil epidemiológico prevalente compreendeu crianças de 5 a 9 anos (79%), predominantemente pardas (62%), do sexo masculino (59,97%) e residentes da mesorregião Central (50%). A serpente do gênero Bothrops foi a mais frequentemente envolvida, representando 86,88% dos casos, com mordidas principalmente nos membros inferiores, especialmente nos pés (56,83%). A mesorregião com maior número de casos foi a do município de Itacoatiara (5,73%), e o tempo médio para atendimento médico variou entre 1 e 3 horas após o acidente (28% dos casos). Entre 2018 e 2022, a taxa de mortalidade foi de 1,77%, com prevalência de 0,019%. Conclui-se que os acidentes ofídicos impactam significativamente a população infantil amazonense, sendo urgente implementar ações educativas e políticas públicas preventivas.
Palavras-chave: Mordidas de Serpente. Mortalidade Infantil. Doenças Tropicais Negligenciadas. Epidemiologia.
Biografia do Autor
Gisele Dos Santos Rocha, UNIVERSIDADE DO ESTADO DO AMAZONAS
ossui graduação em Enfermagem pela Universidade Federal do Amazonas (UFAM). Especialista em Metodologia do ensino superior e Enfermagem de urgência e emergência (UFAM). Mestre em Enfermagem (EEM/UFAM). Doutora em Doenças Tropicais e Infecciosas PPGMT/FMT/UEA. Atualmente é Docente do Curso de Graduação em Enfermagem ESA/UEA atuando como Sub-Coordenadora do curso e Coordenadora e docente na Disciplina e Enfermagem Cirúrgica no processo de cuidar da saúde do adulto e do idoso e Tópicos Especiais de Acidentes por Animais Peçonhentos. Docente do Mestrado Profissional em Enfermagem Saúde Pública (ProEnSP). Coordenadora do Programa de Residência em Enfermagem Perioperatória. Coordenadora da Pós-Graduação Lato sensu de Enfermagem em Centro Cirúrgico e Central de Material Esterilizado na Universidade do Estado do Amazonas (UEA). Fundadora e Coordenadora da Liga Acadêmica de Enfermagem Perioperatória (LAEP) da ESA/UEA. Membro fundadora da Rede de Estudos de Tecnologias Educacionais (RETE). Pesquisadora dos grupos de pesquisas: Grupo de Estudos e Pesquisas em Laboratório de Tecnologia para o Trabalho e Educação na Saúde (LATTED); Centro de Pesquisa Clínica em Envenenamento por Animais (CEPCLAM) e Lab. Interdisciplinar de Pesquisas Sociais e Qualitativas (LIPeSQ). Tem experiência na área de Enfermagem com ênfase em enfermagem perioperatória, Central de Material Esterilizado (CME), acidentes por animais peçonhentos, acidentes ofídicos, tecnologia educacional e tecnologia para saúde (construção, validação e avaliação de dispositivos tecnológicos).
Nayandra Costa Marques, UNIVERSIDADE DO ESTADO DO AMAZONAS
Enfermeira pela universidade do Estado do Amazonas e mestranda do curso de pós graduação em saúde coletiva.