Trajetórias do Cárcere: costuras entre o dentro e o fora da prisão

  • Maria Luiza Lorenzoni Bernardi Universidade Federal de Pelotas

Resumo

Este artigo é parte de minha pesquisa empírica para construção da tese de doutorado em Antropologia que tem por escopo compreender aspectos do dispositivo carcerário, através da análise das articulações que ocorrem entre o dentro e o fora da prisão e que mobilizam pessoas, objetos, normas e discursos e revelam o transbordamento da experiência carcerária.  A pesquisa está ancorada no Presídio Regional de Bagé/RS. A abordagem tem por eixo as etnografias sobre prisões da última década e os estudos sobre mobilidades, pois pretende-se desconstruir a imobilidade própria de um espaço físico delimitado por muros e grades destinado a segregação de pessoas e avançar trazendo os fluxos e deslocamentos de tudo que nela circula ou que ela põe em circulação. A etnografia permite a pesquisadora atentar para o processo social da experiência vivida por mulheres confinadas e livres, observar trajetos e trajetórias, conhecer as relações, descobrir subjetividades e observar o sistema social de comunicação que se configura entre a prisão e a rua para melhor compreensão do fenômeno a ser estudado.

 

Palavras-chave: Mulheres. Prisão. Gênero. Poder. Fluxos.

Publicado
2025-10-31