SUCESSÃO E LIMINARIDADE: O CASO DO TERREIRO DA GOMEIA

  • Rodrigo Pereira Museu Nacional da Quinta da Boa Vista - Universidade Federal do Rio de Janeiro
Palavras-chave: Candomblé, Axexê, Conflito Sucessório, Joãozinho da Gomeia

Resumo

O presente trabalho visa apresentar o extinto Terreiro da Gomeia (Duque de Caxias/RJ). Por uma vertente abordaremos o histórico da formação do local e a liderança exercida pelo babalorixá Joãozinho da Gomeia. Por outro analisaremos, pelo referencial teórico de Victor Turner, as fases de um rito de passagem, em especial, desenvolveremos uma crítica sobre o postulado do autor quanto a manutenção da ordem social após o término do rito. O artigo focará na análise do evento de seu falecimento e no conflito sucessório instaurado após isto. Descreveremos os grupos de interesse relacionados a disputa de liderança e como isso resultou no fechamento do Axé e a abertura de outra casa de candomblé com o mesmo nome, ação realizada por um grupo considerado dissidente. 

Biografia do Autor

Rodrigo Pereira, Museu Nacional da Quinta da Boa Vista - Universidade Federal do Rio de Janeiro
Bacharel e Licenciado Pleno em Ciências Sociais pela Universidade Federal do Espírito Santo (UFES); Mestre em Ciências Sociais pela Universidade do Estado do Rio de Janeiro (UERJ) e Mestre em Arqueologia (Museu Nacional/UFRJ). Doutorando em Arqueologia (Museu Nacional/UFRJ) desde 2015. Pesquisador de religiões e religiosidades, em especial das religiões afro-brasileiras. Em Antropologia pesquisa o candomblé debatendo micro política em terreiros, eventos de sucessão e temas relacionados à liminaridade. Quanto a arqueologia pesquisa elementos da cultura material e espaços edificados, rituais e profanos em casas de candomblé, bem como a formação e expansão dessa religião no estado do Rio de Janeiro. Possui ainda experiência na pesquisa de elementos ligados a etnicidade, rituais de passagem, história da imigração pomerana e alemã para o estado do Espírito Santo e historiografia do luteranismo no Brasil e Espírito Santo. Coordenou projetos, tanto em Antropologia como em Arqueologia, em órgãos como: no Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (IPHAN), na Universidade do Estado do Rio de Janeiro (UERJ) e na Secretaria de Obras do Estado do Rio de Janeiro (SEOBRAS), entre outros. Atualmente trabalha como arqueólogo e antropólogo em consultorias e projetos.
Publicado
2015-06-28