LEPTOSPIROSE HUMANA: UMA REVISÃO SOBRE A DOENÇA E OS FATORES DE RISCO ASSOCIADOS À ZONA RURAL

  • Gilmar Batista Machado Universidade Federal de Pelotas
  • Amilton Clair Seixas Neto Universidade Federal de Pelotas
  • Caroline Dewes Universidade Federal de Pelotas
  • Tanise Pacheco Fortes Universidade Federal de Pelotas
  • Paula Soares Pacheco Universidade Federal de Pelotas
  • Laís Santos Freitas Universidade Federal de Pelotas
  • Samuel Rodrigues Felix Universidade Federal de Pelotas
  • Éverton Fagonde da Silva Universidade Federal de Pelotas

Resumo

A leptospirose é uma zoonose de distribuição mundial cuja transmissão às espécies suscetíveis ocorre pelo contato direto ou indireto com indivíduos infectados. A moléstia é causada por bactérias do gênero Leptospira, acomete tanto humanos quanto animais. No meio rural, o risco dos humanos em adquirir a doença é maior do que para os moradores do meio urbano, principalmente pelo contato com animais domésticos, sinantrópicos e silvestres. Nesse contexto, este trabalho objetivou revisar os principais estudos epidemiológicos sobre a leptospirose na área rural do estado do Rio Grande do Sul (RS) nos últimos vinte e cinco anos, inferindo sobre a influência das atividades agropecuárias nos casos da doença em humanos. Evidencia-se que as populações rurais no RS, principalmente as localizadas na região sul e central estão mais expostas e possuem maiores chances de contrair a leptospirose, quando comparadas com a zona urbana. No RS, as atividades que envolvem longos períodos de trabalho em contato com a água e a indisponibilidade, na maioria das vezes, de equipamentos de proteção individual (EPI), aumentam o risco para a contaminação com o agente. Entre os animais domésticos, destacam-se os caninos e bovinos como importantes transmissores da enfermidade para os humanos no meio rural. Além disso, falhas no saneamento e coleta de lixo favorecem a presença de roedores nas propriedades, elevando o risco para a ocorrência da doença. Assim, medidas como a reeducação, a informação sobre os principais fatores de riscos da doença e o uso de EPI podem ser utilizadas para prevenir casos graves de leptospirose no meio rural do RS.

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Biografia do Autor

Gilmar Batista Machado, Universidade Federal de Pelotas
Doutorando do Programa de Pós-Graduação em Veterinária, UFPel.
Amilton Clair Seixas Neto, Universidade Federal de Pelotas
PNPD  do Programa de Pós-Graduação em Veterinária, UFPel.
Caroline Dewes, Universidade Federal de Pelotas
Doutoranda no Programa de Pós-Graduação em Veterinária, UFPel.
Tanise Pacheco Fortes, Universidade Federal de Pelotas
Doutora em Veterinária.
Paula Soares Pacheco, Universidade Federal de Pelotas
Graduanda em Medicina em Veterinária.
Laís Santos Freitas, Universidade Federal de Pelotas
Mestranda no Programa de Pós-Graduação em Veterinária.
Samuel Rodrigues Felix, Universidade Federal de Pelotas
PNPD  do Programa de Pós-Graduação em Veterinária, UFPel.
Éverton Fagonde da Silva, Universidade Federal de Pelotas
Professor Doutor, Faculdade de Veterinária, UFPel.
Publicado
2018-05-04
Como Citar
Machado, G. B., Seixas Neto, A. C., Dewes, C., Fortes, T. P., Pacheco, P. S., Freitas, L. S., Felix, S. R., & Silva, Éverton F. da. (2018). LEPTOSPIROSE HUMANA: UMA REVISÃO SOBRE A DOENÇA E OS FATORES DE RISCO ASSOCIADOS À ZONA RURAL. Science and Animal Health, 5(3), 238-250. https://doi.org/10.15210/sah.v5i3.11412
Seção
Medicina Veterinária Preventiva