ANGÚSTIA, VERDADE E “SUBJETIVIDADE": KIERKEGAARD INFLUENCIANDO HEIDEGGER
Resumo
Aborda as influências admitidas e não admitas por Heidegger em Ser e Tempo acerca do pensamento de Kierkegaard. Analisa as notas de rodapé em que tais influências são textualmente aceitas e indicadas como insuficientes para uma apresentação mais robusta de uma crítica metafísica, debatendo os elementos centrais da angústia e da existência que permeiam o embate lançado. Expõe que a crítica heideggeriana ao entendimento de Kierkegaard se apoia em diferenças terminológicas e conceituais da tradição hegeliana, e não propriamente em equívocos no entendimento kierkegaardiano. Pormenoriza as influências kierkegaardianas textuais e oferece outros elementos não admitidos por Heidegger, tais como a verdade e a subjetividade. Aponta a questão da verdade e da subjetividade como o maior ponto de conexão entre os dois pensadores. Conclui que Heidegger opera uma mera remodelagem, sem trazer elementos originalmente dissonantes em sua apresentação, do pensamento kierkegaardiano.(1) Autores mantém os direitos autorais e concedem à revista o direito de primeira publicação, com o trabalho simultaneamente licenciado sob a Licença Creative Commons Attribution que permite o compartilhamento do trabalho com reconhecimento da autoria e publicação inicial nesta revista.
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