Potências da experimentação das grafias no fazer antropológico: Imagens, palavras e montagens

  • Fabiana Bruno Unicamp
Palavras-chave: Grafias, montagem, atlas de imagens, fotografias órfãs

Resumo

Interrogando as imagens, em seu sentido plural, e no âmbito de pesquisas realizadas ao longo da última década, os desafios e riscos de abrir antropologicamente o visual desdobram-se quando aceita-se a experiência “de ser olhado por aquilo que se vê” (Didi-Huberman, 2015a). Eis um lugar central nesta problemática das imagens na Antropologia quando o intento é alçar o estatuto de “tornar visível”, de “fazer aparecer”, de “fazer ver” problemáticas de pesquisas. A essa tentativa de “descrever” uma imagem, deve-se conferir a ela o seu movimento “errático”, “obstinado” e “dilacerante” assemelhado à “dança de uma borboleta noturna, com o ritmo de seus bater de asas e seus jogos de aparição e desaparição e metamorfoses, intrinsicamente ligadas à vida da imagem, como nos ensinará Georges Didi-Huberman, em Falenas (2015a). Um desafio que representa para um modo de conhecer por imagem, enquanto uma operação que problematiza também o lugar do “aprender a ver com as palavras” (Didi-Huberman, 2015a: p.158). 

Biografia do Autor

Fabiana Bruno, Unicamp
Pós-Doutorada em Antropologia Social e Doutora em Multimeios pela Unicamp. Atualmente é pesquisadora do Departamento de Antropologia do Instituto de Filosofia e Ciências Humanas (IFCH) da UNICAMP e co-coordenadora do LA'GRIMA (Laboratório Antropológico de Grafia e Imagem).
Publicado
2019-12-21
Seção
Antropoéticas: outras etnografias