EFICÁCIA DE DIFERENTES FÁRMACOS NO CONTROLE PARASITÁRIO EM OVINOS

  • Plinio Aguiar Oliveira Universidade Federal de Pelotas
  • Diego Moscarelli Pinto Universidade Federal de Pelotas
  • Jerônimo Lopes Ruas Universidade federal de Pelotas
  • Tânia Regina Bettin dos Santos Universidade Federal de Pelotas
  • Felipe Geraldo Pappen Instituto Federal Catarinense
  • Taís Aparecida Salvadego Instituto Federal catarinense
  • Tailana Cristina de Borba Instituto Federal catarinense
  • Ana Paula Ferigollo Instituto Federal Catarinense

Resumo

As parasitoses intestinais são um grande problema na ovinocultura, pois levam os produtores a utilizar anti-helmínticos em excesso, contribuindo para o desenvolvimento da resistência. Este trabalho objetivou avaliar a eficácia anti-helmíntica de diferentes princípios ativos no controle de nematódeos gastrintestinais de um rebanho ovino do Alto Uruguai Catarinense, Oeste de Santa Catarina. Foram utilizadas 82 fêmeas ovinas da raça Texel distribuídas em dois grupos controle e outros seis para testar os seguintes fármacos: closantel, triclorfon, albendazol, disofenol, levamisol, moxidectina, ivermectina e ivermectina associada ao clorsulon. Todos os produtos foram administrados de acordo com as indicações dos respectivos fabricantes. A eficácia foi avaliada pelo cálculo do percentual de redução de ovos por grama de fezes (OPG), realizado a partir dos resultados pré e pós-tratamentos (sete e quatorze dias). As amostras fecais pré-tratamento foram submetidas à coprocultura para identificação dos gêneros de parasitos presentes no rebanho. Sete, dos oito fármacos testados, se mostraram ineficazes para o tratamento das helmintoses. Os percentuais de redução observados aos sete e quatorze dias pós-tratamento foram, respectivamente, 54,7% e 84,3% para o closantel; 93,1% e 90,4% para o triclorfon; 0% em ambas para o albendazole; 100% e 100% para o disofenol; 8,4% e 0% para o levamisol; e para moxidectina, ivermectina e ivermectina associada ao clorsulon este percentual foi zero. Os nematódeos presentes no rebanho foram Trichostrongylus (20%) e Haemonchus (80%). Conclui-se que a maioria dos fármacos disponíveis comercialmente não foi eficaz no tratamento anti-helmíntico, o que demonstra a necessidade de aprimorar opções de combate aos parasitos que não se baseiem exclusivamente no uso de químicos. Estudos complementares são necessários para dimensionar a resistência anti-helmíntica no Oeste de Santa Catarina. 

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Publicado
2014-11-05
Como Citar
Oliveira, P. A., Pinto, D. M., Ruas, J. L., dos Santos, T. R. B., Pappen, F. G., Salvadego, T. A., de Borba, T. C., & Ferigollo, A. P. (2014). EFICÁCIA DE DIFERENTES FÁRMACOS NO CONTROLE PARASITÁRIO EM OVINOS. Science and Animal Health, 2(2), 126-136. https://doi.org/10.15210/sah.v2i2.3039
Seção
Medicina Veterinária Preventiva