Notícias
CHAMADA DOSSIÊ: “DISPUTA PELAS MEMÓRIAS E PATRIMÔNIOS NOS CONTEXTOS DE INFOCRACIA”
Organizadores: Prof. Dr. Jaime Alberto Bornacelly Castro (UdeA); Profª. Dra. Daniele Achilles (PPGMS/UNIRIO)
PRAZO PARA SUBMISSÃO DE ARTIGOS: 31 DE MAIO DE 2025
Convidamos pesquisadores e acadêmicos a submeter artigos que analisem as disputas em torno das memórias e dos patrimônios no atual cenário da infocracia e da crise democrática. A virtualização do patrimônio e da memória não ocorre em um vácuo, mas em um contexto social e político atravessado por dinâmicas definidas por Byung-Chul Han como Infocracia. Segundo Han, vivemos sob um regime da informação que substitui o capitalismo disciplinar, no qual a vigilância de dados e a psicopolítica conformam os modos de percepção da liberdade e influenciam a construção do conhecimento. Nesse cenário, as memórias e o patrimônio não se configuram apenas como um ato de preservação, mas também se inserem em lógicas de dataísmo e racionalidade algorítmica. A memória e o patrimônio, ao serem transformados em dados, correm o risco de perder sua dimensão narrativa e se converterem em meros fragmentos numéricos. A partir desse viés, Benjamin já nos alertava sobre a importância da construção da memória estar atrelada à categoria da experiência e informação e nos convidou a pensar sobre a perda da capacidade de narrar, marcada por um empobrecimento da experiência. Han ao recuperar os ensinamentos de Benjamin indica que, embora o mundo hoje fale de narrativas, passamos por uma crise da própria narração, atualizando, em certa medida as ideias benjamininas. Ao estabelecer a oposição entre narrativas e narração, é possível compreendermos que vivemos em uma era pós-narrativa, mediada por dados. Assim, em um mundo que caminha junto com a estruturação econômica ‘narrar ou contar histórias é o mesmo que vendê-las’. Exemplos como a digitalização e virtualização de práticas culturais indígenas, camponesas, afrodiaspóricas e de outras comunidades no Sul Global evidenciam os riscos de descontextualização e apropriação comercial em plataformas globais. Além disso, interessa-nos analisar como a globalização e a transnacionalização da memória reconfiguram as disputas patrimoniais e os conflitos pela legitimação do passado em diversos contextos. Nesse dossiê, serão valorizadas abordagens interdisciplinares que contribuam para uma compreensão crítica desses processos que envolvem memória, patrimônio e infocracia.
CONVOCATORIA DEL DOSSIER: DISPUTASA POR LAS MEMORIAS Y LOS PATRIMONIOS EN EL CONTEXTO DE LA INFOCRACIA
Organizadores: Prof. Dr. Jaime Alberto Bornacelly Castro (UdeA); Profª. Dra. Daniele Achilles (PPGMS/UNIRIO)
PLAZO PARA LA PRESENTACIÓN DE ARTÍCULOS: 31 DE MAYO DE 2025
Se invita a investigadores a presentar artículos que analicen las disputas en torno a la memoria y el patrimonio en el actual escenario de la infocracia y la crisis democrática. La virtualización del patrimonio y la memoria no ocurre en un vacío, sino en un contexto social y político atravesado por dinámicas que Byung-Chul Han define como infocracia. Según Han, vivimos bajo un régimen de la información que ha reemplazado al capitalismo disciplinario, en el cual la vigilancia de datos y la psicopolítica moldean las percepciones de la libertad e influyen en la construcción del conocimiento. En este contexto, la memoria y el patrimonio no solo se configuran como un acto de preservación, sino que también se insertan en las lógicas del dataísmo y la racionalidad algorítmica. La conversión de la memoria y el patrimonio en datos conlleva el riesgo de perder su dimensión narrativa y reducirse a meros fragmentos numéricos. Desde esta perspectiva, Walter Benjamin ya advertía sobre la necesidad de vincular la construcción de la memoria con la categoría de experiencia e información, alertando sobre la pérdida de la capacidad de narrar y el consecuente empobrecimiento de la experiencia. Han, al recuperar los pensamientos de Benjamín indica que, aunque el mundo hoy hablé de narrativas, atravesamos una crisis de la propia narración, actualizando en cierta medida las ideas benjaminianas. Al establecer contrastes entre narrativas y narración, podemos comprender que vivimos en una era posnarrativa, mediada por datos. Así, en un mundo que camina junto a la estructuración económica "narrar o contar historias equivale a venderlas". Ejemplos como la digitalización y virtualización de prácticas culturales indígenas, campesinas, afrodiaspóricas y de otras comunidades en el Sur Global evidencian los riesgos de descontextualización y apropiación comercial en plataformas globales. Asimismo, nos interesa analizar cómo la globalización y la transnacionalización de la memoria reconfiguran las disputas patrimoniales y los conflictos por la legitimación del pasado en diversos contextos. Este dossier valorará enfoques interdisciplinares que contribuyan a una comprensión crítica de estos procesos en la intersección entre memoria, patrimonio e infocracia.