Do modo de saber-fazer à celebração do Carneiro no Buraco de Campo Mourão - Paraná

  • Bruna Lacerda Martins Morante Universidade Estadual de Maringá
DOI: https://doi.org/10.15210/rmr.v12i22.15036

Resumo

Como acontece o processo de reconhecimento de um saber-fazer do bem imaterial? Quais elementos contribuem para a sua legitimação ou quais intervenções transformam a comida em patrimônio coletivo? Para refletir sobre tais questões, investigamos a Festa do Carneiro no Buraco, registrada como patrimônio cultural imaterial do município de Campo Mourão, localizado no estado do Paraná, entre o período de 1962 a 2014. A relevância dessa abordagem relaciona-se ao conceito de “invenção das tradições” (HOBSBAWM; RANGER, 1998), que constitui uma prática comum no norte e noroeste paranaense e coaduna interesses daqueles compreendem a divulgação do prato típico como uma forma de criação de renda e promoção de atrativos turísticos da cidade. Para análise neste artigo, apresentamos, por meio de evidências documentais, a existência de disputas pela memória entre alguns grupos, a institucionalização da festividade e a legitimação da mesma em rituais.Palavras-chave: Patrimônio imaterial. Festa do Carneiro no Buraco. Prato Típico.  

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Publicado
2020-01-30
Edição
v. 12 n. 22 (2020): Festa, Memória e Patrimônio
Seção
Dossiê
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