O patrimônio cultural em Santo Ângelo/RS: entre o passado da missão jesuítico-indígena e as tensões da Coluna Prestes

Resumo

O artigo trata sobre o processo de construção da memória e do patrimônio cultural no município de Santo Ângelo, na região das missões do Rio Grande do Sul, a partir dos usos do passado jesuítico-indígena da redução de San Angel Custódio, analisando de que forma e com que interesses esse passado foi ativado, especialmente a partir da década de 1920. Ao mesmo tempo, também se problematiza os usos do passado da Coluna Prestes, que teve em Santo Ângelo o seu embrião com o movimento rebelde de 1924. Em 1984 foi realizado o evento “Coluna Prestes: 60 anos depois”, marcando o período em que se passa a acionar o passado da Coluna na cidade. O objetivo do artigo é evidenciar que o processo de acionamento e usos do passado da Coluna Prestes gerou interpretações e representações distintas, ao contrário do passado jesuítico-indígena, menos problemático do ponto de vista político e ideológico.

Biografia do Autor

Amilcar Guidolim Vitor, Universidade Federal de Santa Maria - UFSM
Doutorando no Programa de Pós Graduação em História da Universidade Federal de Santa Maria (UFSM); Docente do Departamento de Ciências Humanas da Universidade Regional Integrada do Alto Uruguai e das missões – URI – Campus Santo Ângelo. Tem experiência e interesse em pesquisas sobre as disputas acerca da memória e patrimônio cultural, além de pesquisar sobre a história e memória da Coluna Prestes.
Publicado
2020-01-30