Festivais, imaginários e identificações transnacionais

  • Dulce Simões Doutorada em Antropologia (especialidade poder, resistência e movimentos sociais) na Faculdade de Ciências Sociais e Humanas da Universidade Nova de Lisboa, é investigadora contratada no Instituto de Etnomusicologia - Centro de Estudos em Música e Dança, da mesma Universidade

Resumo

A etnografia mostra-nos que as pessoas vivem em mundos com significados culturais e em circunstâncias materiais diversas, subjugadas por políticas económicas neoliberais que liquidam a esperança no futuro. Mas também nos mostra que delineiam a sua existência baseadas em realidades concretas e em projetos festivos, como estratégia de resistência à gradual destruição dos seus modos de vida, usando a cultura como ferramenta para imaginar futuros possíveis (Godinho 2017). O objectivo deste texto é questionar a intencionalidade e motivação dos organizadores de dois festivais, criadores de imaginários colectivos que valorizam os contextos socioeconómicos dos lugares em que se inscrevem, e as redes de relações sociais que os materializam.

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Publicado
2020-01-30