Narrativas patrimoniais e a cultura material: o caso da pedra fundamental das antigas Docas de D. Pedro II

  • Débora Rios Universidade Federal do Estado do Rio de Janeiro - UNIRIO
  • Maria Amália Silva Alves de Oliveira Universidade Federal do Estado do Rio de Janeiro - UNIRIO

Resumo

Este artigo tem por objetivo refletir sobre a patrimonialização dos remanescentes das antigas Docas de D. Pedro II, mais especificamente, a sua pedra fundamental. Essa é, no presente, um vestígio arqueológico das escavações do Cais do Valongo iniciadas em 2011, que transcorreram como parte do contexto de intervenção urbana e turismização da zona portuária do Rio de Janeiro, por intermédio do projeto Porto Maravilha. Seu estudo de caso demonstra que, por intermédio de narrativas patrimoniais que iluminavam aspectos imateriais, sua materialidade se estabeleceu como um dos suportes para a reafirmação da identidade e cultura afro-brasileira, no território denominado Pequena África. Assim, espera-se que esse artigo possa contribuir para reflexão acerca da ótica científica depositada sobre objetos, os considerando como parte da cultura material das sociedades, e para compreensão das múltiplas possibilidades narrativas que estão sujeitos quando expostos a contexto singulares, servindo, assim, de suporte memorial do que se deseja preservar.

Biografia do Autor

Débora Rios, Universidade Federal do Estado do Rio de Janeiro - UNIRIO
Débora Rios. Mestre em Memória Social pela Universidade Federal do Estado do Rio de Janeiro. Doutoranda do Programa de Pós Graduação em Memória Social pela Universidade Federal do Estado do Rio de Janeiro. Possui Master Business Enviroment em Turismo, Economia, Gestão e Cultura pela Universidade Federal do Rio de Janeiro (2017), e especialização em Sociologia, Política e Cultura pela Pontifícia Universidade Católica do Rio de Janeiro (2014). Bacharel em Turismo pela Universidade Veiga de Almeida (2013). Como discente da linha de memória e patrimônio busca compreender como se dá a rememoração de bens culturais a partir das narrativas de patrimonialização.
Maria Amália Silva Alves de Oliveira, Universidade Federal do Estado do Rio de Janeiro - UNIRIO
Maria Amália Silva Alves de Oliveira. Doutora em Ciências Humanas (Antropologia). Graduada em Turismo e em Ciências Sociais pela Universidade Federal do Rio de Janeiro. Professora Adjunta do Departamento de Turismo e Patrimônio da Universidade Federal do Estado do Rio de Janeiro (UNIRIO). Coordenadora do Programa de Pós Graduação em Memória Social (PPGMS/UNIRIO). Docente do Programa de Pós Graduação em Ecoturismo e Conservação (PPGEC/UNIRIO). Desenvolve pesquisas sobre os temas Turismo, Patrimônio, Memória e Cultura. Jovem Cientista 2019-2022 pela FAPERJ. Coordena e participa de projetos financiados pelo CNPQ, através do Edital Universal e apoio a eventos.
Publicado
2020-07-15