Memoricídio das populações negras no Brasil: atuação das políticas coloniais do esquecimento

Resumo

impor o esquecimento às memórias de dor e resistência das populações negras é uma prática recorrente nesse país. Nas artes, ciências, religiões, espaços públicos e outros territórios de expressão do ser, a presença negra é constantemente apagada pela mão invisível da colonialidade que impõe o esquecimento das experiências de dor, prazer e resistência de ser negro e negra no Brasil. Este ensaio discute o assassinato das memórias afro-brasileiras como uma política do esquecimento orquestrada pela colonialidade que permanentemente nos exauri. Discute ainda a resistência que não queda aos poderes imperialistas de interdição ao saber, ser e poder das indenidades subalterizadas que, pela consciência ativa de seu lugar de fala, vem produzindo novas possibilidades de diálogo com os poderes hegemônicos.

Biografia do Autor

Leandro Aparecido Fonseca Missiatto, Tribunal de Justiça do Estado de Rondônia
Possui Mestrado em Psicologia na Universidade Federal de Rondônia - UNIR, Linha de Pesquisa em Saúde e Processos Psicossociais.Graduação em psicologia pela Faculdade de Ciências Biomédicas de Cacoal (2012). Vice-líder do LARIS, Laboratório de Relações Interpessoais e Saúde do Departamento de Psicologia da Universidade Federal de Rondônia (UNIR). Atualmente é analista processual na especialidade de psicologia - Tribunal de Justiça do Estado de Rondônia.
Publicado
2021-01-15