Processo ambientalizador, turismo e desdobramentos sociais em área natural protegida

  • Tamires Chagas Matschuck Universidade de São Paulo
  • Maria Amália Silva Alves Oliveira Universidade Federal do Estado do Rio de Janeiro (UNIRIO)

Resumo

A década de 1970 é marcada pelo início da repercussão do debate ambiental e da transformação deste discurso enquanto uma questão pública. Tal repercussão, compreendida aqui como processo ambientalizador, interioriza e naturaliza o debate ambiental como fator imprescindível para o desenvolvimento das atividades humanas, sendo assim incorporado internacional e nacionalmente em diversos contextos e por diferentes grupos sociais. A incorporação da questão ambiental transforma relações e cotidiano de grupos sociais orientando novas condutas moldadas a partir de um discurso ambientalista com facetas hegemônica e utilitarista. Também atingido pelo processo ambientalizador, o turismo é acionado como ferramenta de conservação ambiental adequadas a tais condutas, especialmente o Ecoturismo em áreas naturais protegidas, sendo frequentemente destacado em políticas públicas ambientais como atividade compatível com a conservação da natureza. O artigo propõe discutir as implicações sociais que surgem como consequência do processo ambientalizador, e do turismo associado a ele, em uma unidade de conservação.

Biografia do Autor

Tamires Chagas Matschuck, Universidade de São Paulo
Doutoranda pelo Programa de Pós-Graduação em Turismo da Escola de Artes, Ciências e Humanidades da Universidade de São Paulo (EACH-USP). Mestra pelo Programa de Pós-Graduação em Ecoturismo e Conservação (PPGEC) da Universidade Federal do Estado do Rio de Janeiro (UNIRIO). Bacharela em Hotelaria pela Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro (2014).
Maria Amália Silva Alves Oliveira, Universidade Federal do Estado do Rio de Janeiro (UNIRIO)
Doutora em Ciências Humanas (Antropologia). Graduada em Turismo e em Ciências Sociais pela Universidade Federal do Rio de Janeiro. Professora Adjunta do Departamento de Turismo e Patrimônio da Universidade Federal do Estado do Rio de Janeiro (UNIRIO). Coordenadora do Programa de Pós Graduação em Memória Social (PPGMS/UNIRIO). Docente do Programa de Pós Graduação em Ecoturismo e Conservação (PPGEC/UNIRIO). Desenvolve pesquisas sobre os temas Turismo, Patrimônio, Memória e Cultura. Jovem Cientista 2019-2022 pela FAPERJ (Fundação Carlos Chagas de Amparo à Pesquisa do Rio de Janeiro). Coordena e participa de projetos financiados pelo CNPQ (Conselho Nacional de Pesquisa), através do Edital Universal e apoio a eventos. 
Publicado
2024-01-24