Sociomuseologia: perspectivas de uma disciplina pretensamente decolonial
Resumo
Este trabalho tem como foco refletir sobre a concepção da Sociomuseologia como uma disciplina decolonial como propõem os pesquisadores Judite Primo e Mário Moutinho (2020, 2021), da Universidade Lusófona de Humanidades e Tecnologia. Com embasamento em autores e autoras das teorias críticas decoloniais, como também em pensadores ligados às ciências sociais, Primo e Moutinho advogam que a Sociomuseologia é uma Escola de Pensamento decolonial pautada na pedagogia decolonial”, inspirada em Catherine Walsh, e numa “pedagogia da libertação”, calcada no pensamento de Paulo Freire, bem como é uma disciplina que reconhece o papel e a voz de grupos historicamente subalternizados ou marginalizados. Neste artigo, o debate é retomado de modo a repensar a Sociomuseologia à luz da realidade brasileira, contribuindo para que a disciplina se engaje, ainda mais, em seu posicionamento ético e político com a decolonialidade como uma utopia emancipatória (VERGÈS, 2023). Defende-se que, no Brasil, a Sociomuseologia se conforma a partir das redes difusas de museologia social e comunitária, como também a partir dos processos participativos de construção de políticas públicas para o campo dos museus. E ainda temos como desafio o enfrentamento aos nossos colonialismos internos no campo da Museologia.
Publicado
2024-07-29
Seção
Dossiê
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