Colonialidades e decolonialidades no Museu do Ipiranga

histórias e narrativas da Independência

DOI: https://doi.org/10.15210/rmr.v16i31.26713

Resumo

   A interseção entre decolonialidade e museus tem ganhado destaque nas discussões sobre representação e identidade cultural. Este estudo parte da análise crítica de Françoise Vergès sobre museus coloniais, para examinar a reabertura do Museu do Ipiranga durante o Bicentenário da Independência do Brasil. Analisa-se como o museu lidou com a renovação e as novas propostas expográficas em meio a narrativas decoloniais emergentes. Ao investigar o papel do museu na formação da memória histórica e da identidade nacional, pretende-se provocar reflexões críticas sobre o potencial de decolonização das narrativas museográficas do Museu do Ipiranga. Por meio de uma abordagem metodológica que combina análise documental e trabalho de campo, este estudo se soma aos debates sobre descolonização das narrativas históricas dentro dos espaços museológicos, ecoando o apelo de Vergès para desafiar os fundamentos ideológicos dos museus na formação e mediação da história. 

Biografia do Autor

Lucia Santa-Cruz, ESPM Rio
Docente permanente do Mestrado Profissional em Economia Criativa, Esstratégia e Inovação da ESPM Rio. Doutora em Comunicação e Cultura. Apoio da Faperj e da Fundação Biblioteca Nacional, por meio do edital no. 34/2021 FAPERJ – Programa Apoio a Projetos no Âmbito do Bicentenário da Independência do Brasil – 2021 Integrante do Laboratório de Estudos de Memória Brasileira e Representação do PPGECEI (LEMBRAR) Membro fundadora da Rede de Estudos de Memória e Comunicação (Rememora). Pesquisadora da Coordenação Interdisciplinar de Estudos Contemporâneos da UFRJ (CIEC-UFRJ). Membro da The International Media and Nostalgia Network (IMNN) e da International Associação of Media and History (IAMHist). Autora do livro "1822 1922 2022: A Independência do Brasil no Jornalismo", publicado em 2023, que analisa como o jornalismo noticiou o Centenário e o Bicentenário da Independência do Brasil.
Priscila F. Perazzo, Universidade Municipal de São Caetano do Sul (USCS)
Docente permanente do Programa de Pós-Graduação em Educação – Mestrado e Doutorado Profissional da Universidade Municipal de São Caetano do Sul (USCS). Doutora em História Social. Líder do Grupo de Pesquisa Memórias do ABC: Comunicação e Cultura, Educação e Memória. Responsável pelo Centro de Memória USCS – Prof. Oscar Garbelotto em associação com Laboratório Hipermídias de Comunicações Culturais (USCS). Membro fundadora da Rede Brasileira de Pesquisadores em Memória e Comunicação – REMEMORA. Pesquisadora Associada do LEER – Laboratório de Estudos sobre Etnicidade, Racisno e Discriminação da USP.
Publicado
2024-07-29
Edição
v. 16 n. 31 (2024): Decolonizar museus e patrimônios: Teorias e Práticas
Seção
Artigos
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