Patrimônio cultural e decolonialidade

reflexões teóricas sobre os sentidos do conhecimento para o campo

Resumo

A relação entre patrimônio cultural e decolonialidade tem aparecido como tema nas discussões acadêmicas e práticas contemporâneas no sentido de pensar bens culturais representativos e que as populações se identifiquem e se apropriem de acordo com suas realidades. Este artigo discute de forma teórica a relevância da decolonialidade como uma ferramenta para questionar e transformar os quadros teóricos, metodológicos e práticas no campo do patrimônio cultural. Destaca-se que a decolonialidade não é apenas um estado a ser reivindicado por movimentos isolados, mas sim uma interrogação contínua que deve ser incorporada em todos os aspectos da profissão de patrimônio. Através da análise da "matriz patrimonial de poder", é evidenciado como as noções convencionais de preservação e gestão do patrimônio frequentemente perpetuam dinâmicas que refletem as persistências coloniais em termos de estruturas de poder.

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Biografia do Autor

Adson Rodrigo Silva Pinheiro, Universidade Federal Fluminense (UFF).
Doutorando em História Social pela Universidade Federal Fluminense (UFF). Licenciado em História pela Universidade Estadual do Ceará (UECE), é mestre em História Social pela Universidade Federal do Ceará (UFC), com especialização em História do Brasil pela Universidade Vale do Acaraú (UVA), Especialista em Gestão e Políticas Culturais da Universidade de Girona (Espanha) em colaboração com o Observatório Itaú Cultural - SP e MBA em Gestão Cultural: cultura, desenvolvimento e mercado (UVA). Além disso, é especialista em Arqueologia Social Inclusiva da URCA e especialista em Políticas Culturais de Base Comunitária pela pós graduação Internacional en Políticas Culturales de Base Comunitaria pela Facultad Latinoamericana de Ciencias Sociales - Argentina. Foi ganhador do Prêmio Luiz de Castro Faria, concurso promovido pelo Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan). É membro do Fórum de Cultura Popular, membro do grupo de pesquisa PRAETECE (Prática de Edição de Textos do Estado do Ceará), membro do Grupo de Estudos e Pesquisa em Patrimônio e Memória (UFC) e Membro associado do Comitê Brasileiro do Conselho Internacional de Monumentos e Sítios (ICOMOS-BRASIL). Membro do Núcleo de Pesquisa Companhia das Índias (UFF). Membro do GT de História e cultura indígena, africana e afro-brasileira da Anpuh-CE. Também é administrador da página no instagram @adson_pinheirocultura com produções na área de patrimônio e museus. Atua em pesquisas na área de Gestão Cultural, sobretudo no campo do Patrimônio Cultural na área de Educação Patrimonial e Patrimônio Imaterial e no campo da Cultura Tradicional e Popular.
Janaildo Soares de Sousa, Universidade Federal do Ceará
Doutor em Desenvolvimento e Meio Ambiente pela Universidade Federal do Ceará (UFC), com mestrado em Economia Rural também pela UFC. Possui especializações em Docência do Ensino Superior pela Universidade Federal do Piauí (UFPI) e em Políticas Públicas Sociais e Habitação pela Universidade de Araraquara (UNIARA - SP), além de bacharelado em Economia pela Faculdade Integrada de Patos (FIP - PB). Tem experiência em várias áreas, incluindo gestão pública, desenvolvimento rural, indicadores socioeconômicos, políticas públicas, meio ambiente, recursos hídricos, economia do turismo e economia da cultura.Além disso, possui experiência na extração, organização e tabulação de dados, assim como na elaboração de relatórios e projetos. Na área acadêmica, ministrou disciplinas em diversos cursos, como Economia, Administração, Processos Gerenciais, Recursos Humanos, Administração Pública, Contabilidade e Serviço Social, abordando temas como agronegócio, economia, negócios internacionais, entre outros.Participou como bolsista do Programa Paraíba Produtiva, onde desenvolveu análises de dados sobre os territórios rurais da Paraíba com base no Censo Agropecuário.
Publicado
2024-07-29