Confluências e coerências do acesso a museus
Reflexões críticas sobre as “boas práticas de acessibilidade” como orientações manualescas
Resumo
O artigo apresenta uma análise reflexiva sobre o conceito de acessibilidade em museus a partir de contribuições teóricas de autores de outras áreas como Nego Bispo, Ailton Krenak, Davi Kopenawa, Françoise Vergès e Bruno Latour. A partir dessas leituras, o texto questiona concepções arraigadas sobre a relação entre ser humano e ambiente, destacando a interconexão entre diferentes formas de conhecimento e experiência. As "cartilhas de orientação de acessibilidade" são aqui criticadas por sua abordagem fragmentada e simplificada que não considera a diversidade de necessidades e experiências dos visitantes. Por fim, são apresentadas duas experiências: a exposição Diálogo no Escuro e a 35ª Bienal de São Paulo - Coreografias do Impossível. Ambos os casos demonstram como o acesso sensorial está além de adaptações circunscritas, enfatizando a importância da inclusão, representatividade e ampliação das vivências corporais. O artigo propõe uma reflexão sobre as práticas de acessibilidade nos museus, instigando uma abordagem mais holística e inclusiva que reconheça e celebre a diversidade e interconexão de diferentes formas de conhecimento e experiência humana.
Publicado
2024-07-29
Seção
Dossiê
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