“Para mim já começa não sendo um objeto, ele vem de um presente de um céu”
desafios da repatriação e da restituição digital de coleções museológicas
Resumo
O artigo analisa algumas soluções e dificuldades encontradas na fortuna crítica sobre repatriação e restituição de coleções museológicas, evidenciando como esse debate possui aderência com as epistemologias decolonais. Elege como fio condutor os conceitos de epistemicídio, giro decolonial e ferida colonial visando compreender como esses desafios são ampliados no âmbito da repatriação e restituição digital de coleções. A metodologia da pesquisa é descritiva e exploratória com abordagem qualitativa, privilegiando alguns estudos de caso apontados na revisão de literatura. A hipótese é que a restituição digital consiste em um entre-lugar que tem a potencialidade de ser, ao mesmo tempo, causa e efeito de um giro decolonial, embora ainda enfrente diversos desafios erigidos pelo sistema-mundo moderno/colonial.