Decolonialidade e as vozes do Sul Global
Dandaras, Laudelinas, Marquezas e Marias entre experimentações e aprendizagens na ação intercultural
Resumo
Partindo da constatação da cumplicidade dos museus na construção da colonialidade do ser/do saber, refletimos sobre o papel que desempenham na manutenção do sistema mundo moderno/capitalista e a necessidade de sua revisão. Examinamos sinais da iminente falência do modo de vida ocidental, seu imperialismo e unipolaridade, bem como evidências da emergência de um mundo multipolar, abrindo a possibilidade de constituir-se uma nova ordem mundial entre Estados-civilizações em bases não necessariamente ocidentais. Propomos que, nessa nova ordem, o Brasil possa inserir-se como articulador de vozes do Sul Global, mediante o reconhecimento da civilização afro-pindorâmica que aqui se formou nas confluências históricas e de resistências contra-coloniais. Entendendo ser mais profícuo que a decolonialidade na Museologia se manifeste como compromisso em vez de performance discursiva, compartilhamos algumas ações culturais experimentadas entre 2018 e 2021 no distrito do Campo Grande, Campinas, a fim de colher aprendizagens significativas para repensarmos políticas públicas interculturalizantes.
Publicado
2024-07-28
Seção
Dossiê
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